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Estado de Minas

Festival internacional Curta Dança! aposta na experimentação

Evento reunirá atrações estrangeiras e nacionais, incluindo 14 de Minas, em oito dias de espetáculos na capital mineira. Evento terá também oficinas


03/12/2019 06:00 - atualizado 03/12/2019 07:31

Anatomia das coisas encalhadas, com a bailarina cearense Silva Moura, abre o Curta Dança! na capital mineira (foto: Ivson Miranda/Divulgação)
Anatomia das coisas encalhadas, com a bailarina cearense Silva Moura, abre o Curta Dança! na capital mineira (foto: Ivson Miranda/Divulgação)
A experimentação sempre inspirou o Curta Dança! Festival Internacional, que chega à sua quarta edição mantendo esse foco, mas com uma programação maior e mais internacionalizada. E pela primeira vez, o evento, moldado com espetáculos curtos, terá uma abertura e um encerramento. “Sempre começamos com várias apresentações e atividades no dia, sem fazer uma coisa oficial para abrir ou fechar. Agora que o Curta Dança! foi ampliado, a gente achava importante marcar esse início e esse fim”, ressalta Cris Diniz, responsável pela idealização e curadoria do festival.

Coube à premiada bailarina cearense Silvia Moura, que soma 40 anos de trajetória na dança, abrir o evento com o solo Anatomia das coisas encalhadas, que será encenado pela primeira vez em Belo Horizonte. Tanta a primeira atração quanto a última (Cruces y desvíos (Sujeto Bryan), de Fernando Zapata Abadía, da Colômbia), têm entrada gratuita, no Teatro Marília.
Cris conta que nos últimos anos passou a se interessar muito pelas produções do Norte e Nordeste e se fascinou com esse espetáculo de Silvia. “É um dos trabalhos mais famosos dela. É uma artista extremamente relevante para a dança, que tem um processo de criação muito interessante. Ela também vai dar uma oficina sobre isso”, avisa.

Serão cinco oficinas, que vão abordar os mais variados temas da dança, o que inclui artistas estrangeiros. A parceria com o Corredor Latinoamericano de Teatro (CLT) possibilitou a presença de nomes como a paraguaia Alejandra Díaz e, da Colômbia, Johans Moreno e Betancur. “Tudo isso é mais uma comprovação de como estamos ficando cada vez mais internacionais, mas sem deixar de focar e dialogar com as produções locais e de outros estados. Esse intercâmbio é essencial para o nosso aprendizado e aperfeiçoamento, ainda mais nesse momento tão complicado que o Brasil vem enfrentando, sobretudo na cultura”, acredita.

Entre as obras nacionais estão Medusa ao reverso (Alagoas), O dito, o não dito e o por dizer (Bahia), Por alguns cantos (São Paulo), We don't have money, but we are funny (Rio de Janeiro), Por elas (Paraná). De Minas, foram selecionados 14 trabalhos, como Corpos Negros Incena, de Evandro Passos, e PlaylistA, do Coletivo Movasse. Ao fim de cada apresentação haverá um bate-papo.

FOTOS 

Uma das novidades de 2019 é a exposição de fotos que traz trabalhos da dança latino-americana e ibero-americana e vai ficar em cartaz no Teatro Marília. Outra atração é o Café com Trocas, um espaço que será montado no Centro de Referência da Juventude (CRJ) para promover debates, encontros e parcerias. “É uma coisa informal, de networking. Acho que vai ser bem interessante”, diz.

Criado com o intuito de valorizar trabalhos que duram de 1 a 15 minutos, o festival privilegia todo tipo de estilo, como frisa o responsável pela idealização.

“A programação traz desde pessoas com décadas de história na dança como também quem está se formando. É importante ter esse encontro de gerações até para que o público tenha um apanhado geral. Não só de espetáculos que já estão prontos, mas os que estão em construção ou mesmo as experimentações, performances. E apresentamos vários estilos, que vão desde a dança de salão, do ventre, o break, o flamenco. A diversidade é grande”, enfatiza Cris Diniz.

CURTA DANÇA! 
De hoje a 10 de dezembro, em vários espaços de Belo Horizonte. Ingressos para todos as cenas curtas: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Vendas: bilheteria ou pela plataforma Lets Events (lets.events/e/curta-danca-bh). Abertura hoje, às 19h, com o espetáculo Anatomia das coisas encalhadas, com a bailarina Silvia Moura (CE), no Teatro Marília (Av. Prof. Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia. (31) 3277-4697. Entrada gratuita – com distribuição de senhas uma hora antes.


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