(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Montagem mineira de 'Arte'', de Yasmina Reza, estreia nesta sexta

Texto consagrado da dramaturga francesa mostra desentendimento entre amigos por causa da aquisição de uma tela em branco. Direção é de Sérgio Abritta


Os atores Marcus Labatti, Gustavo Werneck e Alexandre Toledo estão no elenco da montagem, que fica em cartaz até dezembro(foto: Igor Cerqueira/Divulgação)
Os atores Marcus Labatti, Gustavo Werneck e Alexandre Toledo estão no elenco da montagem, que fica em cartaz até dezembro (foto: Igor Cerqueira/Divulgação)

Consagrado nos anos 1990, quando foi escrito pela francesa Yasmina Reza, o texto teatral Arte segue sendo extremamente atual, pois levanta discussões sobre as relações humanas, na opinião de Sérgio Abritta, que dirige a montagem, em cartaz a partir desta sexta (1º) no Teatro da Cidade, em Belo Horizonte. A temporada vai até 1º de dezembro. Os amigos Sérgio, Marcos e Ivan, que se desentendem quando o primeiro paga uma alta soma por um quadro branco, são interpretados por Gustavo Werneck, Alexandre Toledo e Marcus Labatti, respectivamente.

“Sérgio é médico e gosta de comprar objetos de arte, embora não seja rico. Acontece que ele compra um quadro em branco. O artista desenhara uma tela branca sobre branco. Isso desencadeia uma série de reações nos dois amigos. Marcos acha que a compra foi absurda, e Ivan fica no meio dos dois, tentando fazer com que eles se componham”, diz Abritta, que afirma não ter visto as montagens brasileiras anteriores de Arte. A primeira encenação da peça no país, em 1998, tinha Paulo Goulart, Paulo Gorgulho e Pedro Paulo Rangel como o trio de amigos.
CONFLITO
Para Abritta, o texto de Yasmina não perdeu nada de sua potência “não somente pela sua maneira de expor, sem medo, o conflito já na primeira fala da peça, mas pela sua capacidade de engendrar uma narrativa que problematiza, de forma poética e dolorosa, sem abrir mão do humor, as questões da intolerância e dos afetos, tão urgentes na contemporaneidade, especialmente nesses tempos catastróficos em que vivemos”.

Além de alcançar um resultado já muito impactante desde o início, a dramaturga consegue, na opinião do diretor, uma concisão e uma precisão que tornam inviável retirar qualquer trecho do texto. “Ela é precisa nas falas,  e o interessante é que se trata de um tema que acaba sendo doloroso no fim, pois vai acontecendo aquele rompimento entre os três amigos, mas que também tem humor. É, de certa forma, uma comédia filosófica. É como se fosse uma DR entre três homens. Ela é precisa na construção e no desenvolvimento do texto. Os amigos vão abrindo as suas guardas e falando tudo o que acham uns dos outros por causa da compra do quadro, que acham insensata. Acredito que seja um tema eterno.”

Abritta explica que foi isso que motivou Alexandre Toledo a adquirir os direitos para essa nova montagem da peça. “Entendemos que esta é uma questão premente na nossa sociedade, especialmente no Brasil. Até onde vai essa linha tênue que separa aquilo que é civilizado daquilo que é bárbaro? Ela engendra então essa narrativa para entender essas questões tão importantes da nossa era, que são a falta de tolerância e dos afetos.”

Estreia de monólogo
(foto: Márcio Honorato/Divulgação)
(foto: Márcio Honorato/Divulgação)
Idealizado pelo ator e dramaturgo nascido em Brumadinho e radicado no Rio de Janeiro Ezequiel Vasconcelos (foto) e dirigido por Marcelo Morato, o espetáculo Arigó estreia neste sábado (2), às 20h, em Belo Horizonte. E tem sessão também no domingo (3), às 19h, no Teatro João Ceschiatti do Palácio das Artes – Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. A peça conta a jornada do jovem Lázaro, que, desde a morte de seu irmão mais velho, toma para si a missão de cuidar da sua família na aridez do sertão brasileiro. Com a iniciativa do governo de recrutar jovens para trabalhar no fornecimento de borracha para a Segunda Guerra Mundial, Lázaro se alista no Exército e, contra a vontade dos pais, embarca para a Amazônia, com a promessa de que, ao voltar da batalha, seria um soldado aposentado. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

Arte
De Yasmina Reza. Direção: Sérgio Abritta. Com Gustavo Werneck, Alexandre Toledo e Marcus Labatti. Sexta-feira (1º) e sábado (2), às 20h30; domingo (3), 19h. 
Teatro da Cidade – Rua da Bahia, 1.341, Funcionários, (31) 3273-1050. Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia), R$ 22 (Sympla) e R$ 22 (postos Sinparc).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)