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Estado de Minas

A atriz Nathalia Timberg e a pianista Clara Sverner dividem o palco em Chopin ou o tormento do ideal

Peça mostra duas décadas da vida e da obra do compositor, morto aos 39 anos, em 1849


25/08/2018 11:03

Para repassar a trajetória de Chopin no palco, Nathalia Timberg usa trechos de cartas do compositor a Liszt e George Sand(foto: Ronald Mendes/Divulgação)
Para repassar a trajetória de Chopin no palco, Nathalia Timberg usa trechos de cartas do compositor a Liszt e George Sand (foto: Ronald Mendes/Divulgação)

“(O compositor alemão) Schumann dizia que a alma da música havia andado pela Terra quando falava a respeito de Chopin”, comenta Nathalia Timberg. A peça Chopin ou o tormento do ideal, que será apresentada na noite deste sábado (25) no Teatro do Centro Cultural do Minas Tênis Clube, recupera a trajetória do compositor e pianista romântico franco-polonês por meio de duas “vozes”: a da própria atriz e a da pianista Clara Sverner.

Dirigida por José Possi Neto a partir de texto do ator Philippe Étesse, que protagonizou a montagem original em Paris, em 1987, Chopin ou o tormento do ideal repassa 20 anos da trajetória do pianista. O percurso de Chopin é visto por meio de cartas do compositor Franz Liszt, da escritora George Sand (com quem teve um longo relacionamento amoroso) e de poemas de Baudelaire, Saint-Pol-Roux e Musset. Nathalia Timberg interpreta o texto, enquanto Clara Sverner executa valsas, prelúdios baladas – a pianista foi indicada ao Grammy Latino em 2011 pelo álbum Chopin por Clara Sverner.

Há três anos, quando da inauguração do Teatro Nathalia Timberg, no Rio de Janeiro, a atriz e a pianista se uniram no espetáculo 33 variações (montagem centrada na obra de Beethoven). “Estávamos almoçando, comentando do prazer que estava sendo aquele trabalho e pensando em fazer alguma outra coisa juntas. No dia seguinte, o cônsul do Brasil em Paris falou da peça de um amigo dele, ator, que atuava com um pianista. Interessei-me, conseguimos a peça e a paixão foi generalizada. Tanto nossa quanto do público”, afirma Nathalia.

VIDA BREVE
Para a atriz, não há como ficar indiferente à música de Chopin (1810-1849). “Foi um compositor genial, que veio num momento muito importante do nosso desenvolvimento civilizatório, que foi o período romântico”, diz ela, acrescentando: “As cartas são muito ricas. Os trechos (selecionados) são como depoimentos que mostram a visão multifacetada de um ser humano incrível, que, infelizmente, teve uma vida muito breve.”

Nascido no interior da Polônia em 1810, Frédéric Chopin morreu aos 39 anos, em Paris. Até 2008, acreditava-se que sua morte teria sido em decorrência de tuberculose. No ano passado, um grupo de cientistas concluiu que ele havia sofrido uma pericardite (inflamaação da membrana que reveste o coração), provavelmente provocada por tuberculose.

Recém-chegada (em 5 de agosto) aos 89 anos, Nathalia Timberg já está de olho no próximo espetáculo. Sua mais recente participação em televisão foi na primeira parte da novela O outro lado do paraíso, que terminou em maio. TV, por ora, só em flashback. Atualmente, ela pode ser vista na reprise de Vale tudo (1988) no canal Viva. Ainda te chamam de Tia Celina (a simpática irmã da vilã Odete Roitman) na rua? “Depois de tanto tempo de carreira, já tenho direito ao meu nome próprio”, brinca a atriz.

CHOPIN OU O TORMENTO DO IDEAL
Sábado (25), às 20h, no Teatro do Centro Cultural Minas Tênis Clube, Rua da Bahia 2.244, Lourdes. Ingressos: R$ 50 e R$ 25 (meia). Informações: (31) 3516-1360.


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