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Estado de Minas

Peça 'O louco e a camisa' mostra reunião familiar para esconder membro insano do clã

Com texto do argentino Nelson Valente, espetáculo estreia amanhã em BH


03/08/2018 07:00 - atualizado 03/08/2018 11:00

(foto: CAIO GALUCCI/DIVULGAÇÃO)
(foto: CAIO GALUCCI/DIVULGAÇÃO)
O ator Leonardo Miggiorin se sente em casa quando está em Minas. E não só por ter nascido aqui – ele é de Barbacena, na Zona da Mata – e por ter família mineira, mas por se sentir bastante acolhido no estado. Aproveitando que estaria em cartaz neste fim de semana em BH com O louco e a camisa, o ator veio na segunda passada para a capital mineira.

Além de curtir cachoeiras próximas e visitar a Gruta de Maquiné, Miggiorin foi a Cordisburgo, cidade natal de João Guimarães Rosa. A escolha não é aleatória. O ator interpreta Zé Bebelo na instalação cênica Grande sertão: veredas dirigida por Bia Lessa, apresentada no Palácio das Artes em junho. “É uma grande sorte poder voltar para Minas depois de tão pouco tempo. Adoro estar aqui. É minha raiz. Sou filho de militar e apenas nasci em Barbacena, mas passei minhas férias e tenho família lá e em BH. Brinco que metade da plateia que estará no teatro para me ver é de parentes”, diz.

Desta vez,  Leonardo Miggiorin sobe ao palco do Cine Theatro Brasil Vallourec neste sábado (4) e domingo (5), com O louco e a camisa. O texto do argentino Nelson Valente ganhou na versão brasileira direção de Elias Andreato. Na história, uma jovem quer apresentar o novo namorado à família, mas pretende esconder o irmão (papel de Leonardo Miggiorin) por considerá-lo “louco”.

Psicanálise
“Os argentinos são muito cultos; sabem tudo de psicanálise, literatura. É um espetáculo muito divertido, que mistura drama e comédia e mostra, por meio de uma família, o preconceito internalizado, o machismo, o autoritarismo, a submissão e uma violência silenciosa”, diz o ator, que ficou conhecido do grande público como o Zezinho da minissérie Presença de Anita (2001).

“Beto, meu personagem, é aquele cara que fala o que ninguém quer ouvir, é um contraponto. Ele levanta os aspectos que todos querem encobrir e acaba sendo inconveniente”, descreve Miggiorin, que cursou psicologia e clinicou por dois anos. “Quando a irmã decide reunir a família, ela acaba colocando todos em uma situação-limite. E, assim, os segredos mais íntimos de cada um vêm à tona”, conta.

No elenco estão também Rosi Campos, Priscilla Squeff, Guilherme Gorski e Ricardo Dantas. A peça estreou em abril, e Leonardo Miggiorin deixará o papel, que passará a ser vivido pelo ator Rainer Cadete. “Quando fui chamado para este projeto, eu já estava com a peça da Bia Lessa. Como O louco e a camisa só era encenado durante a semana, não atrapalhava. Mas agora começou a turnê, e o Grande sertão: veredas ainda tem um longo caminho a percorrer. Vamos rodar mais cidades do Brasil e, talvez, até do exterior. Sem contar que deve virar um filme”, revela.

O ator aposta que a história de O louco e a camisa vai fazer rir, chorar e, principalmente, chorar de rir. “Todo mundo tem alguém que é chamado de ‘louco’ na família. Aquela figura que não se encaixa nos padrões. A peça tem humor, tem drama, tem relações familiares e leva a uma reflexão. Todo mundo se vê retratado de alguma forma.”

O louco e a camisa

De: Nelson Valente. Direção: Elias Andreato. Com Leonardo Miggiorin, Rosi Campos, Priscilla Squeff, Guilherme Gorski e Ricardo Dantas. Sábado (4), às 21h, e domingo (5), às 19h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça Sete, S/Nº, Centro). Ingressos: a partir de R$ 25. Vendas: bilheteria do teatro ou pelo site www.eventim.com.br. Classificação: 12 anos.


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