Padrasto em trama de longa, Danton Mello se diz 'paizão' no set

Na sequência de 'Um tio quase perfeito', ele vive o namorado da irmã do personagem principal e cativa os sobrinhos queridos dele

Estadão Conteúdo 09/01/2021 06:00
Globo Filmes/Divulgação
Na sequência de Um tio quase perfeito, Danton Mello vive o namorado da irmã do personagem principal e cativa os sobrinhos queridos dele (foto: Globo Filmes/Divulgação)
Ele cresceu diante dos olhos do público. Estreou na televisão em 1985, com apenas 10 anos de idade, na novela A gata comeu, baseada em obra de Ivani Ribeiro. Mas sua carreira artística teve início antes disso, quando, aos 5, emplacou seu primeiro comercial.
 
De lá pra cá, foram inúmeras novelas, filmes, participações em programas de TV, como a Dança dos famosos, dublagens, e ainda como apresentador do Globo ecologia. Aos 45 anos, o ator emenda quase um trabalho no outro. E foi o que ocorreu quando aceitou atuar na comédia Um tio quase perfeito 2, em cartaz desde a última quinta-feira (7/1) nos cinemas. 

Dirigido por Pedro Antonio, o filme traz de volta Tio Tony (Marcus Majella), agora mais centrado. O protagonista não pensa em fazer trambiques, conseguiu um emprego e continua sendo o xodó dos sobrinhos. No entanto, ele terá um rival à altura, que é Beto, o namorado de sua irmã Ângela (Leticia Isnard). A confusão tem início exatamente quando esse intruso, interpretado por Danton, começa a conquistar os sobrinhos queridos.
"Foi uma experiência muito gostosa", diz Danton sobre as gravações. Ele afirma ser muito de Majella. Conta que leu o roteiro "sem pretensão" e se encantou com a história. Decidiu fazer o personagem, mesmo querendo umas férias, pois acabava de gravar uma novela. "É um filme que fala de aceitação e ainda tem um elenco maravilhoso."

Beto, segundo seu intérprete, "é um boa-praça, ao mesmo tempo em que também é muito rígido, mas acaba entrando na onda do Tio Tony". Avaliando a personalidade do protagonista e do antagonista, ele afirma não saber "quem é mais criança, se são os dois ou as crianças do filme". A história mostra o embate dos dois pela atenção e pelo amor dos filhos de Ângela. Claro que Tony, cheio de ideias surpreendentes, não deixará de ser capaz de fazer as coisas mais mirabolantes, que não sairão da forma como deseja. 

CRIANÇAS 

Por ter iniciado a carreira artística tão jovem, Danton comenta que contracenar com crianças o remete a outros tempos. "Sempre penso em tratar as crianças da mesma forma como fui bem recebido por colegas", diz.
 
“Lembro-me de como era agradável o trabalho com Nuno Leal Maia (em A gata comeu), por exemplo. E tantos outros com quem cresci trabalhando.” Por isso mesmo, Danton faz questão de dar toda a atenção aos pequenos. "Eu viro um ‘paizão’ ali, pois quero saber se foi bem na escola, se está bem alimentado, se está cansado. Eu fico ali cuidando." 

Ele elogia o trabalho do elenco infantil. "O Fhelipe Gomes, que faz o meu filho, Rodrigo, e os meus três enteados, Julia Svacina (Patrícia), João Barreto (João) e Soffia Monteiro (Valentina), são muito dedicados e estavam numa alegria danada por se reencontrar nessa sequência." 

Um aspecto interessante de Um tio quase perfeito 2 é o fato de mostrar como o ciúme exagerado embola o meio de campo. "É isso que desencadeia todo o problema", observa Danton. É por não aceitar que os sobrinhos gostem de Beto que Tony perde a cabeça em alguns momentos, não tolerando ser deixado de lado pela família, ou pensar que era isso que estava ocorrendo. "Foi isso que me cativou ao ler o roteiro, pois vi que não era só uma comédia. O filme tem uma mensagem." 

Danton Mello tem outros filme previsto para estrear neste ano, Predestinado, em que vive o médium Arigó, que incorporava o Dr. Fritz. "Estou muito ansioso para mostrar esse trabalho, que mexeu muito comigo." 

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