Alegando sexualização de crianças, internautas protestam contra filme da Netflix

Lançada nesta semana, a obra Lindinhas divide opiniões na web

Portal UAI 13/09/2020 13:33

Netflix/Divulgação
Filme franco-senegalês entrou no catálogo da plataforma nos últimos dias. (foto: Netflix/Divulgação)
O filme franco-senegalês Lindinhas (Cuties, em inglês), produção original da Netflix, está no centro de grande polêmica que tem pautado as redes sociais nos últimos dias. Internautas têm protestado contra o conteúdo do longa-metragem, protagonizado por uma jovem de 11 anos que compõe a formação de um grupo de dança.

A principal alegação, envolvendo cenas que retratam apresentações do grupo, gira em torno das coreografias e poses feitas pelas atrizes mirins. Os movimentos são vistos como formas de sexualização precoce.

Dirigida por Maïmouna Doucouré, a obra conta a saga de Amy, interpretada por Fathia Youssouf. Moradora da capital francesa, Paris, ela lida com as regras rígidas impostas por sua família, que segue as tradições conforme a ascendência senegalesa. Ao mesmo tempo, há os dilemas enfrentados por jovens de sua idade.

 

No Twitter, a #Pedoflix tem ganhado corpo. Por meio da hastag, usuários alegam que o filme estimula a pedofilia. A acusação parte, sobretudo, de influenciadores conservadores, como Leandro Ruschel — apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seguido por mais de 412 mil pessoas na rede. A tag é, justamente, uma alusão ao nome da plataforma de streaming.



Por outro lado, há quem diga que o filme trata, justamente, de denunciar a hiperssexualização de crianças.



Logo após o lançamento de Lindinhas, a Netflix foi alvo de diversos pedidos de cancelamento da obra. Políticos estadunidenses ligados ao presidente Donald Trump, do Partido Republicano — notadamente conversador — também encamparam a questão.

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