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'Westworld' muda tudo em sua terceira temporada, que estreia domingo


Em outubro de 2016, com Game of thrones em sua reta final, a HBO lançou Westworld. Nascida do filme homônimo de cerca de 40 anos atrás, a série tinha como função tentar se aproximar do sucesso do épico. O tema era absolutamente diferente – a premissa é a eterna briga entre humanos e robôs. A primeira temporada foi bem recebida, mas aquém da febre mundial que a emissora esperava.



Dois anos se passaram e veio a segunda temporada, com a revolta dos robôs/humanoides e o derramamento de sangue em seu episódio final. O terceiro ano chegou. Com oito episódios, Westworld estreia domingo (15), na HBO.

Falar em briga entre humanos que subjugavam robôs quase humanos é ser simplista em excesso, o que Westworld definitivamente não é. A série, por sinal, é vista como um tanto difícil e complicada. E, pelo que a crítica internacional apontou, algumas perguntas continuam sem respostas no início da terceira temporada.



Se os dois primeiros anos tinham como cenário o parque temático que dá título à produção, a primeira novidade da nova leva de episódios é a ação se passar fora do parque, num mundo futurista com edifícios gigantes e veículos dignos de qualquer produção de ficção científica.



Há também novos nomes no elenco. Aaron Paul, o Jesse Pinkman de Breaking bad, é um dos destaques. Ele será Caleb, que vai ajudar a humanoide Dolores (Evan Rachel Wood) a empreender sua grande vingança contra aqueles que a perseguiram. Há o clima de romance no ar, apontou um dos trailers. Outro ator que passa a integrar o elenco é o francês Vincent Cassel, no papel do robô Serac. O brasileiro Rodrigo Santoro não participou da nova rodada.

Criador da série, Jonathan Nolan afirmou que o novo ano representa “mudança radical” da narrativa. “O atraente nesses personagens é que eles não são humanos”, disse ele à revista The Hollywood Reporter. “Você não poderia esperar que os humanos resistissem e sobrevivessem ao tipo de história que estamos contando. Os anfitriões (robôs) têm uma versão diferente da mortalidade, uma perspectiva diferente. Eles são existenciais e duram eras. E este é um nível fascinante da história.”

A crítica internacional apontou erros e acertos. A Variety afirmou que a série se tornou uma narrativa de ação, a despeito de todas as questões existenciais que abordou nos dois primeiros anos. “Westworld permanece, com reservas à parte, um programa benfeito e envolvente, cuja visão do futuro, por mais restritiva que seja, tem mais a oferecer do que a de seus concorrentes. Mas, ao se tornar uma série de ação, deu um passo significativo para trás.”



AVENTURA

O Indie Wire chamou a atenção para uma certa simplificação da trama. “A terceira temporada se tornou uma aventura mais enxuta, mais lúcida e de maior risco. No entanto, ao fazê-lo, expôs sua incapacidade de produzir emoções rápidas e eficazes.” O site também destacou que os novos episódios não são muito divertidos. “Embora os quatro primeiros episódios sejam muito mais fáceis de acompanhar do que a segunda temporada e permaneçam lindos em sua visão polida da guerra tecnológica liderada por robôs, Westworld é de uma beleza bastante vazia. Os episódios demoram demais, como se estivessem procurando histórias para contar. Apesar da atualização significativa, Westworld parece perder o objetivo.”

Já o jornal Los Angeles Times destacou que a nova leva de episódios não clareia velhas questões abordadas pela série. “Westworld é tão cronologicamente complicado que seria necessária uma equipe real de robôs, repleta de programas de descriptografia de alto nível, para explicar exatamente do que trata o programa, ou para onde está indo, ou mesmo onde está. A outra série de ficção científica da HBO, a assustadora Watchmen, provocou debate semelhante: é realmente inteligente ou apenas muito confusa?”.


WESTWORLD
•  Terceira temporada
•  Oito episódios
•  Estreia domingo (15), às 23h, na HBO e HBO Go