Rio de Janeiro (RJ) - Durante um intervalo nas gravações da novela A Dona do Pedaço, a atriz Paolla Oliveira aceitou o convite para participar de uma coletiva "relâmpago" com jornalistas nos estúdios no Projac. A paulistana colocou apenas a cabeça para dentro da sala, como se espiasse cautelosamente o ambiente. Entrou por completo sorridente, revelando estar com uma toalha branca amarrada na cintura. Explicou que, na sua visão, o figurino que a personagem Vivi Guedes usava naquele dia - top preto, botas acima do joelho, meia calça e um short curto - era inusitado demais para usar fora das gravações.
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Só de cobertor: Paolla Oliveira sensualiza em fotos como Vivi GuedesVivi está nas redes: o que está por trás desta nova estratégia de marketing da TVPaolla Oliveira ingressou na Rede Globo em 2005 para fazer uma ponta em Belíssima. A personagem fez tanto sucesso que fez a atriz protagonizar O Profeta, do horário das 18h, no ano seguinte. Entre os destaques de sua trajetória na emissora estão Amor à Vida (2013), Felizes para Sempre? (2015) e A Força do Querer (2017).
ENTREVISTA
Paolla Oliveira, atriz Além da TV, Vivi Guedes também existe no Instagram. Como está sendo essa experiência multimídia?
Tem sido uma descoberta, pois a TV como um todo está se transformando essa mistura com a internet. Acredito que o público que as redes sociais conseguem trazer para dentro da dramaturgia bem é interessante, pois já conhecemos o perfil do público original de novela. Estive no Altas Horas recentemente e fiquei surpresa com uma “meninada” atrás de mim, um público bem mais jovem. Tem sido muito trabalhoso, mas muito interessante também, conseguir fazer com que a dramaturgia caminhe paralelo com as redes.
Por também existir nas redes, a personagem tem força na vida real. As pessoas estão sabendo separar Paolla Oliveira de Vivi Guedes?
Na internet sim, porque somos bem diferentes.
E sobre o relacionamento de Vivi com Chiclete? O que podemos esperar?
Esse casal até nos surpreendeu muito e vem em um momento maravilhoso. As pessoas me param na rua para dizer que gostam do Chiclete, e pedem para eu mandar beijos para ele (risos). O casal vai ter outra separação. Esse amor vai ficar um pouco impedido. Acredito que o público vai se surpreender muito com todo o movimento da novela.
A Vivi parece ser uma personagem gostosa de fazer. Como ela te desafía?
Eu tenho energia, mas a Vivi tem muito mais. Quando comecei a ler os primeiros capítulos, me perguntei: como vou fazer isso? Ela é muito mais jovem do que eu, então já fiquei apreensiva. Essa energia toda precisa ser muito bem calculada para que não fique fora do tom, chata demais ou jovem demais. Ao mesmo tempo estou representando as influenciadores, uma parcela de pessoas que existem na sociedade. Eu peguei um pouco de cada uma delas, mas no geral ela não foi baseada em ninguém. O segundo desafio é que quando chegam as cenas mais pesadas, eu tenho que segurar todas características.
Qual o lugar que Vivi Guedes ocupa em sua carreira?
Sempre que estou no processo de criação de uma personagem nova, acho que ela é a mais importante da minha carteira. E realmente é. Vou citar os três últimos. Fiz a Danny Bond na minissérie Felizes Para Sempre? (2015), um formato que tem um outro público, mas teve uma repercussão enorme. Depois veio a Jeiza em A Força do Querer (2017), que chegou fazendo UFC como esporte e trabalhando como policial em um tempo de feminismo. Agora estou aqui fazendo a maluquinha Vivi Guedes (risos). Para mim é uma loucura passar por tantas personalidades em pouco tempo. A criação mexe com muitas coisas. Como vai chegar nas pessoas? Como vai reverberar no público? Vou corresponder ao que o autor tem em mente? Acho que o mais importante nisso tudo é a arte. Eu sempre digo que a arte preenche espaços vazios nas pessoas. Eu sou muito preenchida com esse trabalho que é atuar.
* O repórter viajou à convite da Rede Globo.