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Em uma semana, Leandro Hassum emplaca estreias no cinema e na TV


Na semana passada, o ator Leandro Hassum emplacou duas estreias – uma na TV e outra no cinema. Na terça-feira (27) o canal a cabo TNT levou ao ar Tá pago, programa em que o humorista estreia também no formato talk show. Sem perder a piada. “Tá pago o quê? Promessa? Se for, São Longuinho nem meu joelho vão aguentar. Será que tá pago meu boleto, o cartão de crédito da minha filha ou o treino da academia?”, diz ele na chamada da atração. O “mistério” se resolve quando Hassum entra no cenário do programa. “Que restaurante lindo é esse? Vou estar bem-vestido, comendo do bom e do melhor e recebendo meus amigos num papo gostoso e delicioso. Pode vir, porque esse programa é por minha conta!”, avisa.

Depois de duas décadas na Globo, o comediante e a emissora decidiram não renovar seu contrato como artista fixo do elenco.
Tá pago terá 15 episódios nesta primeira temporada. A estreia contou com Dadá Coelho, Luciana Gimenez, Luisa Sonza e Maisa Silva.
 
“Costumo dizer que, como um bom fofoqueiro, sempre que via uns artistas conversando, queria ser uma mosquinha para escutar o que eles estavam falando. E eu trouxe isso para o programa. É um bate-papo divertido entre amigos, bem informal, em que o público pode ser aquela mosquinha e acompanhar a nossa conversa”, diz ele.

A produção encontrou dificuldades para selecionar os entrevistados, já que a Globo não liberou seu elenco para participar. “Sei que isso é uma limitação para diversos programas além do meu. Gostaria muito de que isso fosse revisto, porque, no final, somos todos profissionais de TV e torcemos muito para o sucesso de todos”, afirma ele.

Apesar do fim de seu contrato, Leandro Hassum ainda pode ser visto aos domingos na Globo, na nova versão da Escolinha do Professor Raimundo como Mazarito, personagem imortalizado por Costinha. “Foi uma grande oportunidade de homenagear um dos ícones do humor brasileiro.
Cresci morrendo de rir com o Costinha e depois usei muito do que ele fazia como referência para o meu trabalho.”

Dois dias depois da estreia de Tá pago, foi lançado nos cinemas o longa O amor dá trabalho, em que Leandro Hassum interpreta o protagonista – um funcionário preguiçoso que nunca ajudou ninguém. Depois de morrer, ele precisa de pelo menos uma boa ação para não parar no inferno e tem que atender um pedido feito por alguém na Terra.
 
A missão que ele recebe é atender ao pedido de uma noiva abandonada no altar. Como um fantasma na Terra, ele vai ter de se desdobrar para juntar o casal formado por Flávia Alessandra e Bruno Garcia e trazer o amor de volta.

Hassum conta que o que mais o atraiu na história foi a possibilidade de fazer o seu humor e ainda poder transmitir uma mensagem. “O Anselmo é uma pessoa que nunca fez mal, mas também não fez o bem para ninguém. E ganha a chance de se redimir. Acho muito válido, hoje em dia, uma mensagem como essa. E o filme vai agradar a toda a família. Isso é uma coisa que prezo muito.”

Quem acompanha o trabalho do humorista de 45 anos identifica nitidamente seu estilo em O amor dá trabalho.
Hassum diz que o diretor Alê McHaddo lhe deu liberdade total para criar. “Ele me deu espaço para improvisos e me ajudou, sugerindo piadas e situações ao longo do filme. E o improviso é a minha marca registrada. Então tem que ter um espaço para que eu brinque com o texto ou a situação. Também dei vários palpites no roteiro, que já era muito bom, mas pude focar em acrescentar a minha marca nas cenas.”

elo fato de a trama do longa exigir um “humor mais físico”, o comediante conta que alguns dias de filmagem foram bem desgastantes. “Mas é um cansaço bom, resultado de um trabalho prazeroso. É uma comédia deliciosa, perfeita para quem quer se divertir e esquecer dos problemas.”

Ainda que de modo superficial, a produção aborda a temática espírita. O humorista afirma que respeita e admira muito a doutrina, sobretudo pelo aspecto de pregar o cuidado e a preocupação com o próximo. “Mas morro de medo de espíritos. Se eles conseguem voltar para ajudar, não sei.
Mas essa ajuda eu não quero, não”, brinca.

Apesar do momento incerto que o cinema nacional atravessa, com a revisão das políticas públicas para o setor, Hassum, que é um campeão de bilheteria com franquias como Até que a sorte nos separe e O candidato honesto, está otimista.
 
“Acredito que, mais uma vez, vamos passar por esse período difícil. E, mais uma vez,  acredito no potencial das comédias nacionais para continuar levando o grande público ao cinema e, com isso,  fortalecer ainda mais a nossa indústria nacional”, afirma o ator, que tem projetos engatilhados para os próximos meses.
 
“Ainda não posso contar nada, porque estamos estudando todas as possibilidades. Mas teremos um final de ano e um 2020 bem animados. De tédio eu não morro!”
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