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Sutileza marca terceira temporada de 'The Good Place'


– No além-mundo, eles todos melhoraram porque se ajudaram. E a chave pra isso foi a ligação entre Chidi e Eleanor. Se conseguir unir os dois, todo o resto vai se encaixar. Vou me encontrar com a Eleanor e plantar na mente dela a ideia de que precisa encontrar o Chidi. E, depois, talvez visitar o Chidi para garantir que ele vai ajudar quando ela aparecer. Só vou dar um empurrão para eles se encontrarem.

– A juíza foi bem clara nas instruções. E a juíza é, sabe, a juíza do Universo.

– Ela nunca vai descobrir. Ela passa o tempo todo no gabinete vendo séries de TV.
Ela está vendo NCIS inteira agora.

As sacadas inteligentes e o humor despretensioso de The good place garantem boas risadas na terceira temporada, em cartaz na Netflix. Depois de duas rodadas de desventuras entre céu e inferno, os novos episódios mantêm foco na nova “vida terrestre” dos protagonistas. A esperança é que, com a nova oportunidade, Chidi Anagonye (William Jackson Harper), Eleanor Shellstrop (Kristen Bell), Jason Mendoza (Manny Jacinto) e Tahani Al-Jamil (Jameela Jamil) se tornem pessoas melhores. Quando os personagens retomam os velhos hábitos, o arquiteto sobrenatural Michael (Ted Danson) decide intervir para evitar que sejam enviados para o “lugar ruim” após a morte.

Kristen Bell faz jus à extensa carreira em comédias e não decepciona na pele de Eleanor, a protagonista de índole duvidosa. A série é sutil nas piadas. Cenas do professor Chidi ministrando aulas de filosofia para o grupo desviado moralmente parecem ainda mais deslocadas ao lado de acontecimentos surreais, o que dá ritmo ao seriado. É por meio da sutileza que The good place aborda questões sérias e contemporâneas, como ética, moral e o medo da morte.
Episódios da terceira temporada são disponibilizados às sextas-feiras pela Netflix.


* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria


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