Erika Januza, mineira de Contagem, acredita na lei do retorno.
Como reflexo do seu trabalho, Erika acha que pode inspirar outras pessoas a reagirem contra o racismo.
“A novela mostra um pouco da realidade. Tudo bem que é ficção, mas é inspirada em situações reais. É tão bom quando você assiste a algo e se identifica, se vê na TV. Passo por preconceito, assim como a Raquel. Mas aí ela dá a volta por cima e a pessoa que está assistindo sente que também pode”, acredita.
Em muitos capítulos de O outro lado do paraíso, Raquel foi humilhada por Nádia quando trabalhou em sua casa como doméstica. Para Erika, todas as situações que encenou a tocaram profundamente. Refletindo sobre as emoções que sentiu na pele da personagem, ela torce para que no futuro essas profissionais tenham coragem de enfrentar os opressores
“Fiquei me perguntando quantas empregadas domésticas por aí passam por situações das quais não têm como se defender. Não podem responder para não perder o emprego. É bom a pessoa assistir e ver que ela pode fazer diferente. Vou ficar feliz se atingir as pessoas, nem que seja um pouquinho”, afirma.
RACISMO Erika conta que, infelizmente, também já foi vítima de racismo na vida real. Inclusive em relacionamentos amorosos. A atriz lembra que as famílias de alguns namorados não gostavam dela por ser negra e que isso a deixou desconfortável em diversas ocasiões
“Hoje sou uma pessoa mais consciente.
Na novela, Raquel e Bruno (Caio Paduan) sofreram com o preconceito. Porém, depois de anos separados, eles irão se reencontrar e o sentimento continuará o mesmo. Segundo sua intérprete, enquanto houver racismo, a questão merece ser debatida com frequência.
“Tem que ser discutido. Acho que posso me relacionar com quem eu quiser, da cor que quiser. Mas tem muita gente que julga. As pessoas sempre se incomodam com quem está do lado.
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