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Nova série da Globo aborda a obsessão pela juventude e tecnologia

'A fórmula' conta história de uma mulher que quer deter o envelhecimento. Homem se apaixona pelas versões jovem e madura dela

Estado de Minas

Um triângulo que desafia o tempo: Afrodite (Luisa Arraes), Ricardo (Fábio Assunção) e Angélica (Drica Moraes) - Foto: Rafael Campos/TV Globo/divulgação


O tempo passa para todos. Mas ele pode ser mais cruel com algumas pessoas. No caso de A fórmula (TV Globo), que estreia na próxima quinta-feira, depois de Os dias eram assim, Angélica (Luisa Arraes/Drica Moraes) deixa de estudar na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, em nome do amor que sente por Ricardo (Klebber Toledo/Fábio Assunção). Sem saber da desistência da namorada e reclassificado na mesma seleção, ele pega a vaga dela e deixa o país. Trinta anos depois, os dois se reencontram em um congresso sobre ciência e revivem as marcas deixadas pelo passado.

Ambos se decepcionam. Enquanto Ricardo mantém a lembrança da Angélica da juventude e não reconhece a amada imediatamente, a cientista se frustra ao notar a surpresa do ex-namorado ao vê-la. Como se isso não bastasse, no mesmo dia do encontro, ela não consegue o financiamento de sua pesquisa, que promete rejuvenescer células e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Então, Angélica se torna cobaia do próprio experimento e, num passe de mágica, surge Afrodite (Luisa Arraes), versão mais jovem da cientista, por quem Ricardo se encanta imediatamente.

“Essa é uma única história de amor.
Ricardo é apaixonado por Angélica. Ele não se envolve com Afrodite porque ela tem 20 anos. Ele se apaixona pela personagem porque ela é a Angélica. Isso é o que a série vai contar. É que nesses 30 anos tem muita mágoa”, afirma Mauro Wilson, um dos autores.

VINGANÇA O primeiro encontro de Afrodite com Ricardo não é premeditado. No entanto, ao perceber que o amado não tem noção de quem ela realmente é, Angélica resolve usar a fórmula para se vingar do ex-namorado. E também tentar recuperar a patente de seu estudo, que agora pertence a Ricardo – o novo dono do laboratório onde ela trabalha. O plano começa bem, mas sai do controle quando Angélica revive seu grande amor a partir da experiência. Confusa com as duas versões de si mesma, a cientista se transforma na própria rival.

“A série trata muito da beleza, de você experimentar a flor da sua idade, qualquer que seja ela, e o poder de quebrar padrões. A gente fala de amor e de afeto, independentemente de rótulos”, enfatiza Drica Moraes.

Em oito episódios, a produção escrita por Marcelo Saback e Mauro Wilson vai mostrar, com muito humor, a evolução do triângulo amoroso entre Angélica, Ricardo e Afrodite. A fórmula criada pela cientista traz um rejuvenescimento fugaz, que dura apenas algumas horas, mas fomenta diversos problemas para os envolvidos.

“Acho ruim ficar associando a beleza à juventude. Quando ele está com a Angélica, retoma uma história de amor. Afrodite tem o mesmo DNA e, de alguma forma, Ricardo identifica a ex-namorada nela.
Meu personagem vai ficando meio louco durante a série, enquanto está dividido entre as duas”, adianta Fábio Assunção.

Para transformar Drica Moraes em Luisa Arraes, as diretoras Flavia Lacerda e Patricia Pedrosa usaram mais do que efeitos visuais. Elas optaram, muitas vezes, por truques de câmera em que as atrizes trocam de lugar durante um plano-sequência – quando é registrada uma sequência inteira, sem cortes. Para isso, as intérpretes de Angélica e Afrodite tiveram ensaios especiais para definir as marcas de estúdio. Afinal, a metamorfose ocorre várias vezes durante um mesmo episódio. (Raquel Rodrigues/Estadão Conteúdo)

A FÓRMULA
. Oito episódios
. Rede Globo
. Estreia no dia 6/7, na faixa das 23h.
. No ar às quintas-feiras

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