Na madrugada desta quarta-feira, 17, o mineiro Padre Fábio de Melo foi o convidado do programa Conversa com Bial, da TV Globo. Aos 46 anos, ele revelou o motivo de não usar batina e prestou homenagem à artista Ana Vilela, autora da música Trem bala. O religioso também falou de sua relação com a fama e o sucesso, e os ''pecados'' que envolvem sua função.
''Existem padres que ainda gostam do traje. Eu nunca usei, eu cresci numa congregação que já não tinha o hábito da batina. Sou filho de uma congregação fundada por um francês, um homem avançado para o tempo dele'', diz, negando que o fato de não utilizar a vestimenta não está relacionado com a vaidade. No entanto, ele revela que desde a infância gosta de se cuidar. ''Eu nasci pobrezinho e minha mãe diz que eu sempre gostava de estar limpo, cheiroso, com o 'cabelinho de cuia' arrumado''.
Pedro Bial também questiona o religioso sobre a existência do diabo, ao que ele responde com tranquilidade. ''O diabo existe e tem suas filiais. A minha maior preocupação é quando identifico o que é diabólico em mim e é alimentado pela minha rotina'', afirma. Sobre a prática de exorcismos, Fábio de Melo é categórico: ''Eu não digo não. Cada um que expulse o diabo que criou. O diabo é seu, somente você tem autoridade de tirá-lo da ação''.
Há 20 anos atuando na religião, ele confessa não temer pelos pecados que rondam o sucesso e a fama. ''Preciso me despir de hipocrisia. O pecado está em todos os lugares, na minha sacristia da mesma forma que está na Marquês de Sapucaí. Eu prefiro estar onde ele é mais visível porque eu sei com quem estou lidando'', diz.
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Sempre firme em suas opiniões, Padre Fábio diz se inspirar em figuras como Papa Francisco. Inclusive, explica como faria se ocupasse o posto dele. ''Fico pensando se eu fosse Papa, não poderia dizer tudo que penso porque existe uma observação muito maior''.
E mesmo quando a conversa fica mais afiada e Bial pergunta sobre o surgimento de padres famosos para atrair mais fiéis, Padre Fábio reconhece sua posição no mercado. ''Não posso negar que sou um homem do espetáculo, trabalho com música e meu palco é bonito. O que acontece com esse espetáculo é minha grande responsabilidade'', pondera.