Dear White People: 5 motivos para ver a série da Netflix sobre racismo

Trama acompanha vivências de um grupo de negros que estuda em faculdade com maioria branco

Diário de Pernambuco

Programa de rádio apresentado pela protagonista Sam White (Logan Browning) denuncia casos de racismo no campus - Foto: Netflix/Divulgação

Dear white people é uma série original da Netflix que acompanha a história de um grupo de negros que estuda na faculdade de Winchester, um ambiente majoritariamente branco. O nome do seriado vem de um programa de rádio apresentado pela protagonista, que visa abrir os olhos dos estudantes e denunciar casos de racismo no campus.

Protagonismo
A série já começa acertando ao se propor a discutir o racismo, dá voz a quem deve ter voz: os negros. Da criação, a direção e a atuação, a mensagem é pensada e produzida por quem vive na pele o preconceito. De fato, uma aula para as "queridas pessoas brancas".

Subjetividade
Outro ponto positivo, está na pluralidade de visões e discursos. Cada episódio gira em torno de um personagem diferente. Desta forma, vemos diferentes vivências. Como cada um se enxerga, foi marcado pela experiências de vida (e não apenas de preconceito) e a forma particular de cada um se envolver com a causa negra, combater o racismo e lutar pelo seu espaço e seus direitos.

Elenco de primeira
A série tem seu ponto alto no quinto episódio, e não poderia ser diferente. Além de um roteiro que concentra um mix altíssimo de emoções em trinta minutos, há também a direção de Barry Jenkins, o mesmo que comandou Moonlight, vencedor do Oscar de melhor filme deste ano.
Neste quesito, o elenco, principalmente Logan Browning e Marque Richardson, roubam as cenas.

Ritmo amigável
A temática é séria, é importante, mas o seriado entrega a mensagem de uma forma leve (pelo menos no início), em pílulas de trinta minutos: a cara de uma série que foi feita para "maratonar". A partir do quarto episódio, a trama começa a ficar mais densa e a tensão cresce, sem espantar o telespectador. Há humor, mas não um humor besteirol. Um humor afiado, cheio de sarcasmo, para deixar rindo e sentindo-se incomodado, quase sem graça.

O tema precisa ser discutido
Não adianta dizer que está cansado de ouvir sobre racismo, porque não está. É possível contar em uma mão o número de produções sobre esse assunto este ano. E porque se, realmente, a gente ouvisse o suficiente, as coisas seriam muito diferentes. Se você está perguntando: "que coisas?", então realmente precisa assistir ao seriado.

Bônus
Outros dois seriados que estrearam este ano e tratam, de alguma forma, sobre questões raciais são The good fight, um drama de tribunal e Superior Donuts, uma comédia leve e superficial, mas que pontualmente trata sobre racismo, já que o personagem principal é um jovem negro universitário pobre, que mora em Chicago e convive com imigrantes.

 

Assista ao trailer:

 

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