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Rodrigo Hilbert se veste de drag queen e beija Fernanda Lima no 'Amor & Sexo'

Programa ainda contou com a participação de Liniker, que fez uma versão da música 'Geni e zepelim', de Chico Buarque

Agência Estado

Rodrigo Hilbert se veste de drag queen para participar do 'Amor & Sexo'. - Foto: Globo/Cesar Alves

 O Amor & Sexo da última quinta-feira, 2, contou com uma participação especial para homenagear a cultura LGBT. O ator, apresentador e marido da apresentadora Fernanda Lima, Rodrigo Hilbert, se produziu e subiu no palco com um time profissional de drag queen. No entanto, atração da TV Globo só revelou que era Hilbert por trás da peruca e maquiagem quando Fernanda Lima beijou ''a drag queen misteriosa'' causando ainda mais surpresa. Apenas a apresentadora e a direção do programa sabiam da participação do ator.

A produção de Rodrigo como drag demorou cerca de quatro horas entre a preparação de figurino e maquiagem. ''Não sabia que era tão difícil essa arte. É lindo, maravilhoso! Primeiro, tirei a barba, que já estava há muito tempo. Aí faz o olho, apaga a sobrancelha e a transformação começa. Depois que fez a boca, eu olhei o espelho e pensei: 'Não sou eu'. Ninguém percebeu. Nem as pessoas que me conhecem, com quem eu bati papo, conversei, não perceberam. A surpresa, no final, foi ótima'', conta o apresentador que é casado com Fernanda há 15 anos.

Hilbert também revelou que a ideia de se produzir surgiu em casa durante uma conversa com Fernanda que, além de apresentadora, participa do roteiro e acompanha a produção do programa.

Ela estava a procura de uma personalidade heterossexual para participar da atração

. ''Eu fiquei com isso na cabeça, mas não falei nada. Normalmente prefiro ficar em casa quieto com as crianças, mas, quando ela voltou no assunto, eu falei: 'Amor, eu vou ser a drag que você está procurando'. Ela não acreditou'', afirma Rodrigo.

Em cima do salto, o ator falou sobre a importância do apoio do programa Amor & Sexo para a causa LGBT. ''Acho que a gente precisa fazer isso e eu me sinto na obrigação de defender o orgulho LGBT. Não é só o gay que tem que lutar por isso e foi o que pesou bastante na decisão de estar ali. O programa foi bem educativo, a gente aprendeu de uma forma didática e divertida. Espero que as pessoas de casa também aprendam e que esse show que fizemos no palco possa ser levado para a vida e sirva de exemplo'', disse.

 

BENDITA, GENI 

Entre as atrações musicais do programa estavam Gloria Groove, As Bahias e a Cozinha Mineira e Liniker, importantes nomes da chamada MPBTrans, movimento musical que discute a diversidade sexual e luta contra o preconceito. Ao cantar Geni e o zepelim, de Chico Buarque, Liniker fez uma pequena e significativa adaptação.

 

Assim que a canção entrou no refrão, quando canta ''Joga pedra na Geni'', ela parou a canção e disse: ''Não jogo''. ''O Brasil é o país que mais mata travestis, transsexuais, homossexuais no mundo

. Isso tem que acabar. Basta! Só assim podemos nos redimir'', disse. E finalizou cantando: ''Bendita, Geni!''. 

 

Liniker, de apenas 20 anos, nascido em Araraquara, São Paulo, não reivindica pronome específico de tratamento, mas fala de si quase sempre no feminino. Surgiu em 2016, quando a música Zero alcançou, em uma semana, a marca de 1 milhão de visualizações no YouTube. Meses depois ela se juntou a banda Os Caramelows e lançou o álbum Remonta, em setembro do ano passado. 


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