Algumas pessoas buscam uma dieta saudável, seja para ficar com o corpo em forma ou para prevenir e combater doenças. Uma alimentação equilibrada é aquela que proporciona qualidade de vida, pois ela é responsável por fazer nosso corpo funcionar adequadamente, respondendo a todas as funções e auxiliar na prevenção para qualquer doença. Eliane Teixeira, endocrinologista e pós-graduada em nutrologia, explica que nosso corpo busca se proteger das ameaças externas que, ao reagir com o organismo, podem provocar efeitos adversos, e para que isso não ocorra é preciso se alimentar bem.
“Nosso corpo é uma máquina muito sensível e devido a isso sofremos impacto com a exposição de diversas substâncias como, por exemplo, os raios solares e até a comida que comemos. Essas substâncias externas interagem com nosso sistema endócrino hormonal, podendo levar ao desequilíbrio, acarretando diversas alterações de impacto imediato ou tardio e contribuindo para o aparecimento de doenças. Para evitar isso, é importante saber fazer boas escolhas, principalmente em nossa alimentação”, ressalta.
Outro fator que pode estar relacionado à má alimentação é o desequilíbrio hormonal. Os hormônios são os mensageiros químicos do corpo.
A médica também sugere alimentos que possam ajudar na regularização dos hormônios. “Alimentos ricos em fibras e gorduras boas devem ser incluídos na alimentação, a fim de tentar controlar o aumento de insulina”, sugere. Mas Eliane chama a atenção para a necessidade de acompanhamento médico.
Entram em cena os orgânicos
Outra adepta dos orgânicos é a jornalista Noélia Bonfim Silva, de 25, que, assim como Laiana, também tem obtido muitos benefícios. Ela, inclusive, tem uma horta com produtos orgânicos em casa. “Comecei a cultivar minhas plantas em 2015, quando fui morar no Rio com outras duas mineiras. Hoje, moro sozinha e tenho em casa ora-pro-nóbis, manjericão, alecrim e cebolinha apenas. São plantas de ciclo curto, então estou sempre trocando e arrumando mudas novas e variadas”, conta.
Para Noélia, o fato de consumir esses produtos e ter uma horta orgânica traz benefícios não só para o corpo, mas também para a mente. “Além dos benefícios terapêuticos do cultivo em si - contato com a terra, o cuidado diário etc. -, uma horta urbana representa economia, autonomia e garantia de qualidade. Você pode evitar insumos químicos e outras interferências utilizadas por grandes produtores. Além disso, com o acesso à informação que a internet nos propicia, ficou tudo mais fácil.
O nutrólogo Guilherme Ferreira Matos afirma que o consumo de orgânicos é essencial e não há restrição, mas alerta que mesmo assim a boa higienização é essencial. “A vantagem de consumir o alimento orgânico é não colocar para dentro do corpo substâncias que podem ser prejudiciais quando usadas por tempo prolongado. O fato de não ter inseticidas ou outros agrotóxicos faz com que o alimento orgânico seja indicado para qualquer pessoa, apenas respeitando o fato de ela ter alergia ou não ao mesmo. E, como estamos falando de alimentos, o fato de ser orgânico não exclui o fato de uma boa higienização para consumo ou preparo correto para levá-lo à mesa”, ressalta.
O também nutrólogo Lucas Penchel evidencia características que não são encontradas em alimentos não orgânicos. “Eles são mais nutritivos, saborosos e livres de produtos químicos. Contêm mais antioxidantes, vitaminas e micronutrientes do que os alimentos não orgânicos. Além disso, esse tipo de alimento tem níveis mais baixos de nitrato, responsável por aumentar os riscos de certos tipos de câncer”, afirma.
Além de bons hábitos alimentares, é preciso que o indivíduo tenha uma boa qualidade de vida, como indica a nutricionista Raphaela Cordeiro.
Outra dica é evitar pegar sugestões e dietas pela internet, como alerta a nutricionista Stefani Rocha. “É muito comum as pessoas buscarem por condutas e estratégias nutricionais postadas em blogs. Mas isso é um grande erro, pois ninguém é igual a ninguém, e para cada pessoa existe uma individualidade fisiológica, e das diversas receitas nutricionais, existem exceções. Para conhecer e saber mais sobre receitas e estratégias nutricionais, é preciso consultar um nutricionista.”
* Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram .