Hospital em BH se associa a instituição de ensino para intercâmbio de conhecimento

Hospital Vera Cruz e Feluma firmam parceria para troca de saber técnico-científico e multidisciplinar, com benefícios para ambos e para, em última instância, o público final

por Joana Gontijo 03/09/2018 16:56
Hospital Vera Cruz/Divulgação
(foto: Hospital Vera Cruz/Divulgação)

Cada vez mais comum no universo do conhecimento e atuação em saúde, a união entre entidades médicas e instituições de ensino já é altamente valorizada e motivada, partindo do ponto de vista de que essa associação oferece inúmeros benefícios para ambas as partes, além de encontrar ressonância no melhor atendimento ao público final.

Próximo do que acontece nos avançados centros terapêuticos do mundo, no que concerne ao elo entre escola e hospital, o centro Vera Cruz, em Belo Horizonte, acaba de firmar parceria com a Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma). Representado pelo presidente Ernane Bronzatt, o hospital se liga ao grupo educacional, por sua vez com a chancela do presidente Wagner Ferreira, em acordo para promover um intercâmbio técnico-científico e multidisciplinar, envolvendo os membros das duas organizações.

Na prática, mestres e doutores do Hospital Vera Cruz poderão se aliar à estrutura de ensino e pesquisa da Feluma, e vice-versa. As atividades educacionais e científicas desenroladas na fundação serão incorporadas ao hospital, com a chance de seus professores serem assimilados no corpo clínico da instituição.

Hospital Vera Cruz/Divulgação
(foto: Hospital Vera Cruz/Divulgação)
Diretor médico do Hospital Vera Cruz, o cardiologista Marcos Andrade é quem encabeça a reestruturação dos dois corpos clínicos e, dessa maneira, segue para acumular a função de professor da Faculdade de Ciências Médicas, um dos braços da Feluma. Esse modelo de trabalho é reproduzido em diversos países e, em Belo Horizonte, considerando profissionais graduados, agregando os dois perfis (professores e médicos), acontece pela primeira vez, pontua Marcos. "Os professores nas universidades estão constantemente se atualizando, estudando, pesquisando, e quase sempre não têm onde praticar. Já os os profissionais de saúde no mercado acabam perdendo o contato com as fontes de ensino", diz.

Em outra perspectiva, as escolas detêm verbas próprias para pesquisa, por exemplo, o que pode facilitar o acesso dos hospitais, que não dispõem dessa estrutura, a tais dados. Na área do ensino, são contempladas diferentes especialidades médicas, enquanto os médicos se especializam nos hospitais, continua o cardiologista. Com a parceria, acrescenta, o educador tem a oportunidade de empenhar seus estudos na prática, enquanto os médicos podem continuar avançando seus conhecimentos no âmbito acadêmico. "A associação entre professores e médicos acaba possibilitando novas habilidades para auxiliar no atendimento ao paciente propriamente dito, na hora do tratamento", finaliza Marcos Andrade.

A associação entre o Hospital Vera Cruz e a Feluma inclui ainda o desenvolvimento do Núcleo Integrado de Pesquisa e Extensão, recorrendo-se aos vários convênios firmados pela fundação junto a universidades americanas e europeias.