Conheça as causas da 'surreal' recuperação da princesa Kate após o nascimento do terceiro filho

A apresentação do mais novo herdeiro do trono real britânico movimentou a internet esta semana. Os holofotes foram direcionados a mãe, Kate Middleton, que recebeu alta do hospital em menos de seis horas após do nascimento do bebê

por Carlos Altman 25/04/2018 13:27
 
DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP
A surpreendente beleza de kate após seis horas de parto foi o assunto mais comentado na internet (foto: DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP)
Na segunda-feira , um batalhão de repórteres, cinegrafistas e fotógrafos aguardava em frente ao Hospital St. Mary’s, no Centro de Londres, onde nasceu o terceiro herdeiro, o quinto na linha de sucessão ao trono da Inglaterra. Na saída da ala privada do hospital, o príncipe William com Catherine Middleton, de 36 anos, mostraram o recém-nascido e acenaram para a multidão que esperava, ansiosa, o mais novo membro da família real.
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O Bebê é real é o quinto na linha de sucessão ao trono inglês (foto: John Stillwell/AFP )

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A rapidez com que a duquesa saiu do hospital carregando o terceiro filho deu o que falar (foto: DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP)

Mas quem roubou a cena e recebeu todos os holofotes foi  a duquesa de Cambridge. Usando um vestido vermelho, toda maquiada e calçando salto alto, ninguém acreditava que ela teve o bebê naquele mesmo dia. Após cinco horas e 57 minutos do parto, Cate saiu do St. Mary’s sorridente. Segundos depois, a internet enlouqueceu com a imagem da rápida recuperação da duquesa. Em todo o mundo, e mais aqui no Brasil, milhares de pessoas ficaram espantadas e, questionaram em calorosos debates e memes nas redes sociais, quais seriam as reais chances disso acontecer com qualquer outra mulher?

 
A pergunta que todo mundo fazia nos comentários do Facebook, Twitter ou no Instagram era: é normal uma recuperação pós-parto tão tranquila? Se tratando do Reino Unido, sim. Um estudo feito pela revista científica PLOS Medical Journal, o país apresenta altas taxas de parto normal e uma das internações mais curtas do mundo. Lá, a gestante pode voltar para casa seis horas após o nascimento do filho. Pacientes que não apresentam riscos e complicações, não passaram por cesarianas e optaram pelo parto normal, é bem comum por lá. 
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Batalhão de fotógrafos e cinegrafistas em frente a maternidade, em Londres (foto: DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP)

No Brasil, a realidade é outra. Dificilmente uma paciente conseguiria deixar o Hospital poucas horas após ter o filho, mesmo sendo parto normal. A Portaria nº 2.068/2016, do Ministério da Saúde, mães e bebês só poderão voltar para casa 24 horas após o nascimento. Pacientes com os filhos somente serão liberados após avaliação médica que constate as boas condições de saúde de que ambos.
 
O presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstretícia de Minas Gerais, Dr Carlos Henrique Mascarenhas Silva elogiou a atitute da família real ao realizar o parto em um hospital: "A escolha da duquesa Kate em optar em ter um filho no hospital, com todos os cuidados da equipe médica e de enfermeiros, mostra uma decisão mais que acertada. O perigo de ter um filho em casa, sem os cuidados necessários, serve de alerta. Kate Middleton é exemplo para o mundo inteiro". O médico ginecolosta ainda acrescenta: " Aqui no Brasil temos uma preocupação com o recém-nascido. Por isso, a espera de 24 horas para avaliar o quadro do bebê, antes que ele seja liberado. A recuperação da paciente em um parto vaginal ( parto normal) se mostra muito mais eficiente e deve ser incentivado. Em caso de risco de vida para a mãe e o filho, não podemos descartar a realização das cesarianas", finaliza Dr Carlos Henrique. 
 
 Isabel INFANTES/AFP
O nome do terceiro filho do casal real será divulgado em breve (foto: Isabel INFANTES/AFP )
 
De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem, Confen, as mulheres atendidas pelo NHS (National Health System), sistema público inglês que inspirou o SUS no Brasil, normalmente têm o acompanhamento de enfermeiras obstétricas no parto normal de risco habitual (baixo risco). Após o nascimento, recebem visitas dos profissionais em casa, para avaliar aspectos como a amamentação e o estado geral de saúde da mãe e do bebê. Os países como os melhores indicadores de assistência materno-infantil têm em comum uma atuação qualificada das enfermeiras obstétricas. A assistência dessas profissionais durante o trabalho de parto está associada ao aumento dos índices de partos normais, redução das intervenções, das complicações e da mortalidade. No Brasil, 98% dos partos ocorrem em ambiente hospitalar, sendo 88% assistidos por médicos e mais de metade (57%) realizados através de cirurgia cesariana.  Esta realidade está mudando. A atuação qualificada da enfermagem obstétrica é um dos pilares da Rede Cegonha, estabelecida pelo Ministério da Saúde, e seu credenciamento pelas operadores de planos de Saúde se tornou obrigatório em 2015. 
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Príncipe George e a princesa Charlotte ganharam um irmãozinho esta semana (foto: DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP)

Vale lembrar, que a tradição real de correr para mostrar ao mundo o herdeiro do trono já impressionou muito gente. Quando o primogênito George nasceu, em julho de 2013, o terceiro herdeiro na linha sucessória foi apresentado às câmeras 24 horas após seu nascimento. Já no parto de Charlotte, em 2015, Catherine Middleton também teve uma recuperação rápida. A duquesa estava com a criança no colo 10 horas após a chegada da princesa. Agora resta saber qual será o nome do bebê? Como manda a tradição, inúmeras apostas giram entorno dos prováveis nomes: Arthur, Albert ou Philip. Vamos aguardar.