“Quase 10 milhões de pessoas desenvolvem demência a cada ano, sendo 6 milhões em países de renda baixa e média”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor- geral da OMS. “O sofrimento resultante disso é enorme. Estamos soando o alarme: devemos dar uma atenção muito maior a esse desafio crescente e garantir que todas as pessoas vivendo com demência, independentemente de onde vivam, tenhamos cuidados de que precisam.”
O custo estimado anual global com a demência é de US$ 818 bilhões, equivalente a mais de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Esse valor inclui gastos médicos diretos, serviço social e tratamentos informais. Em 2030, as despesas devem mais que dobrar, passando para US$ 2 trilhões, o que pode sobrecarregar a economia, especialmente dos países em desenvolvimento. O Observatório Global de Demência vai monitorar a presença de políticas e planos nacionais, medidas de redução de risco e fornecimento de cuidados e tratamento.
Por ora, a OMS coletou dados de 21 países de todos os níveis de renda. O Brasil ainda não foi incluído no mapeamento. Até o fim de 2018, a expectativa é de que 50 nações contribuam com os dados. Os resultados iniciais indicam que uma grande proporção de países já tenham ações em áreas como planejamento, prevenção e educação, além de programas para suporte e treinamento de cuidadores. Todas essas atividades são recomendadas pelo plano de ação global da OMS..