Na hora de decidir sobre uma promoção aos empregados ou escolher aquele que irá ocupar um cargo de liderança, as empresas ainda dão preferência aos homens.
Na enquete, apenas 24% avaliaram como satisfatório o tratamento de gênero na sua empresa. Para 80% dos entrevistados, as mulheres são preteridas, principalmente, quando envolve a escolha para um cargo de gestão.
Segundo a pesquisa, 12% dos entrevistados acreditam que a falta de equidade é observada mais no teste de seleção quando a questão de gênero se sobrepõe ao fator competência.
Para 8% dos entrevistados, a diferença de tratamento é percebida durante o estágio do desenvolvimento. Para eles, as empresas investem mais em treinamentos quando se trata de trabalhadores do sexo masculino.
Ao serem questionados sobre as medidas para corrigir tais distorções, 47% defenderam que as empresas deveriam pagar salários iguais aos homens e mulheres que exercem as mesmas funções; 30% sugeriram o aumento do número de mulheres no quadro de funcionários e 23% são entendem que é necessário igualar diretos e benefícios, independentemente, de gênero.
O fato de as mulheres terem um papel importante no desempenho das tarefas domésticas e na estrutura familiar foi justificado por 86% dos consultados como um empecilho à ascensão delas nas empresas. E 78% disseram que a maternidade ainda provoca interrupções em plano de carreira para mulheres executivas.
Mais da metade dos diretores e executivos consultados (52%) declararam não ter um programa formal ou uma ação de incentivo à equidade de gênero e apenas 19% mostraram estar satisfeitos com as ações e o estágio atual do seu programa de equidade.
Na avaliação da CEO da Amcham Brasil, Deborah Vieitas, a pesquisa indica a necessidade de buscar avanços em prol da igualdade de gênero. Em 98 anos, ela é a primeira mulher a comandar a maior câmara americana entre as 114 existentes fora dos Estados Unidos.