O primeiro consiste em degradês de uma única cor ou uma mescla de duas ou três cores de uma mesma palheta, de preferência em tons pastéis. Essa opção surgiu como um complemento ao chamado sereísmo e faz sucesso entre as mais ousadas. Recentemente, porém, surgiu um uso comportado dessa estética, com tons próximos à cor natural dos cabelos.
De acordo com o hair stylist Rangel Portela Neves, azul-turquesa e rosa-pastel são as cores mais usadas no cabelo de sereia. Rangel acrescenta ainda que a tendência chegou atrasada ao Brasil. Nos Estados Unidos e na Europa, teve seu boom há mais de um ano.
O cabelo arco-íris também não é novidade lá fora, mas isso não desanima as brasileiras e muitos menos as brasilienses. Mulheres na faixa dos 20 anos e adolescentes aderiram com entusiasmo à invenção.
Nem as 10 horas no salão de beleza nem os cuidados constantes com os cabelos desanimaram a estudante Sofia Rocha Tresinari Bernardes, 13 anos. Ela namorava o cabelo colorido há mais ou menos um ano e acompanhava a tendência pela internet. Há cerca de dois meses, tomou coragem para pintar. A mãe apoiou e, pouco tempo depois, Sofia estava sentada em frente a Rangel, debatendo ideias. “Eu queria fazer só um degradê rosa, mas ele me falou que estava batido e sugeriu fazer com várias cores. Topei.” Depois de muita ansiedade, Sofia finalmente se olhou no espelho. “Tomei um susto, pensei: ‘Meu Deus do céu, o que eu fiz?’. Mas, cinco segundos depois, comecei a amar meu cabelo e não vejo a hora de fazer de novo, porque já desbotou um pouco”, conta.
A família adorou a novidade e, na escola, Sofia achou estranho quando ninguém mencionou a mudança.