Membro do Departamento de Infertilidade da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Roberto Lucena explica que a presença do fator masculino na infertilidade conjugal ocorre em torno de 50% dos casos. “A avaliação do homem deve ser feita por meio de uma consulta detalhada, abordando o histórico médico e exame físico”, aponta. A necessidade de exames complementares, como espermogramas, dosagens hormonais (testosterona, FSH, LG e prolactina) e, eventualmente, ultrassonografia dos testículos são alguns caminhos para desvendar o mistério da não paternidade.
Procedimentos cirúrgicos, vitaminas com efeito antioxidante, punções (caso haja distúrbios obstrutivos na passagem do espermatozoide), substituição de medicamentos que podem estar interferindo na produção de espermatozoides: a lista de opções para homens que desejam tratar a infertilidade é extensa. Taciana Fontes Rolindo, especialista em reprodução humana da Maternidade Brasília e da Clínica Saúde da Mulher, explica que as possíveis soluções são muitas, mas a escolha do tratamento ideal começa ainda no consultório, após uma avaliação médica completa. O que importa é que, muito provavelmente, há uma alternativa para que a vontade de ser pai se torne real. “Não existe idade limite para os homens serem pais. Com o envelhecimento, o indivíduo pode apresentar algumas alterações na produção do sêmen, porém, nada que o impossibilite de engravidar uma mulher”, ressalta a especialista.
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