Pesquisadores do MIT e da Universidade de Brandeis nos EUA conduziram esse estudo que envolveu mais de 100 índios de uma tribo remota da Amazônia boliviana – Tsimane. Eles vivem bem isolados e não recebem influência da música que as pessoas da cidade são expostas mesmo inconscientemente.
Segundo Ricardo Teixeira, neurologista do Instituto do Cérebro de Brasília e professor de pós-graduação em divulgação científica e cultural na Unicamp, acordes dissonantes e consonantes eram apresentados e eles tinham que dar uma nota para o quanto cada um deles os agradava. Um exemplo de acorde consonante, para muitos considerado “agradável ao cérebro”, é formado por dó maior e sol maior, um intervalo de quinta. Esse é um intervalo utilizado pela esmagadora maioria da música ocidental. Já os acordes dissonantes, como por exemplo o formado por dó maior e fá sustenido são muito pouco usados e até já foram considerados pela igreja católica como elementos musicais do capeta.
E não é que para os índios os acordes consonantes ou dissonantes não faziam diferença.
Os mesmos testes foram aplicados a moradores de uma pequena cidade nas proximidades da tribo Tsimane, a moradores de La Paz e americanos músicos e não músicos. Os bolivianos da cidade deram uma discreta preferência aos acordes consonantes. Entre os americanos a preferência foi maior, especialmente entre os músicos.
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