Esse era o caso da nutricionista Juliana Vargas, de 32 anos, que lutava contra uma calvície hereditária, herdada do lado materno. “Fiz de tudo, usei uma infinidade de produtos, proteínas, remédios e nada adiantava. A falha, que ficava logo acima da testa, continuava a crescer, o que me incomodava muito, uma vez que as pessoas já começavam a repará-la. Foi aí que resolvi procurar um cirurgião plástico especializado em transplante capilar e o resultado foi simplesmente maravilhoso, pois eliminou totalmente o meu problema”, diz Juliana.
“Consegui o telefone da clínica do Dr.
Após três anos do transplante, Juliana continua feliz e diz que não tem nenhuma restrição. “Posso usar xampus e condicionadores, cortar, pentear, enfim, levar uma vida normal. E o mais importante, estou muito feliz com o resultado e consegui sanar aquele problema que me incomodava muito.” O cirurgião plástico mineiro, Marcelo Pitchon explica que a PLH é uma técnica de transplante capilar na qual nenhum fio de cabelo dos pacientes é cortado ou raspado. “Essa técnica brasileira trabalha com os fios de cabelo propriamente ditos, além dos bulbos capilares. Já as outras utilizam apenas os bulbos e, por isso, necessitam de raspagem do cabelo para sua realização.” Marcelo se dedica exclusivamente aos transplantes capilares. Ele é o presidente do Congresso Mundial de Restauração Capilar, que será realizado em Las Vegas (EUA), em setembro.
PRESCISÃO
“Diferentemente das técnicas convencionais com fios raspados, que não permitem a visualização do resultado durante a cirurgia, a PLH permite que o cirurgião veja como está ficando o resultado cosmético durante a realização do procedimento. Isso traz uma precisão artística incomparável no tratamento cirúrgico da calvície feminina e masculina. A PLH permite ao médico saber, durante a cirurgia, se o resultado está ficando natural e harmônico”, garante o médico. “A técnica é essencial para a definição mais adequada de quantos fios precisam ser colocados em cada centímetro quadrado do couro cabeludo e em qual angulação e direção eles devem ser posicionados para garantir um resultado estético em que ninguém descubra que um dia aquele paciente foi calvo.” Marcelo explica que os fios transplantados duram um mês e, a partir daí, caem gradativamente e voltam a crescer em quatro meses. “Já nos métodos mais antigos, como são transplantados apenas bulbos capilares, só eles são notados após a cirurgia, sem cabelos e o resultado também começa a aparecer depois de quatro meses”, ressalta.
Marcelo esclarece que, em vez de se retirarem apenas os bulbos do couro cabeludo, são retirados os bulbos com seus fios de cabelos correspondentes. “Os fios são removidos por meio de uma incisão linear e não provoca o raleamento do cabelo da nuca, comum em outras técnicas, que exigem raspagem dos cabelos até das mulheres. Depois, os fios são extraídos com o uso de microscópios estereoscópicos, que permitem visão microscópica em 3D e maior preservação dos folículos para uma maior chance de os implantes pegarem, de fato. O procedimento é realizado sob anestesia local e sem necessidade de internação.”.