As declarações foram feitas nesta manhã, durante visita ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, Recife. Também participaram da agenda a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Carissa Etienne, e o Ministro da Saúde, Marcelo Castro. Na ocasião, foi assinado um acordo de cooperação técnica entre o ministério e o IMIP. Enfatizando a importância da união de todos em torno da luta contra a epidemia, Castro, disse que "o mosquito não é nacional, estadual, de esquerda, direita, situação ou oposição".
A comitiva chegou à unidade de saúde por volta das 8h30. Antes de assistirem a apresentações sobre o panorama dos casos da malformação em Pernambuco, todos participaram de um café da manhã. Os secretários de Saúde do Recife e de Pernambuco, Iran Costa, também acompanharam a solenidade.
Pernambuco foi o primeiro estado a verificar a mudança do padrão de ocorrência da malformação no país. Com isso, também foi pioneiro na notificação obrigatória dos casos e na formatação de protocolos de atendimento das gestantes e dos bebês. Com o fortalecimento da hipótese da relação da microcefalia com o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue e da chikungunya, o Governador Paulo Câmara decretou, em novembro de 2015, por meio do decreto 42.438, Estado de Emergência em Saúde Pública. O Governo também está investindo R$ 25 milhões nas ações de combate ao mosquito, estruturação da assistência à população e campanhas de mobilização.
No início de fevereiro, a Organização Mundial da Saúde declarou, em razão do aumento de casos de infecção pelo vírus e de uma possível relação da doença com quadros registrados de microcefalia e síndromes neurológicas, situação de emergência em saúde pública de importância internacional.
(Com informações da repórter Alice Souza) .