Campanha quer arrecadar dinheiro para menina russa que sobrevive com coração para fora do tórax

O objetivo é ajudar a Virsaniya, de 6 anos, a receber tratamento e permanecer nos Estados Unidos

por Redação 04/11/2015 11:53
Dari Borun / Divulgação
Virsaviya tem 6 anos e meio (foto: Dari Borun / Divulgação )
A história da menina russa Virsaviya, que vive com o coração para fora do tórax, comoveu o mundo depois que a mãe dela, Dari Borun, 26 anos, contou que, quando a filha nasceu, os médicos disseram que dificilmente ela sobreviveria. A hashtag #Virsaviyawarrior (#Virsaviyaguerreira, em português) se tornou viral.

Já se passaram seis anos desde então e, agora, uma campanha foi lançada na internet para ajudar a menina a receber tratamento e permanecer nos Estados Unidos. Intitulada 'Bathsheba's Heart' - que significa 'Coração de Betsabá', nome equivalente a Virsaviyana na bíblia russa -, o objetivo é alcançar US$ 100 mil em doações. Até agora, já foram arrecadados US$ 41 mil. Clique e saiba mais.

Virsaviya nasceu não apenas com o coração fora da caixa torácica, mas também com os intestinos para fora do abdômen. A menina tem uma rara doença chamada Pentalogia de Cantrell e que afeta 5,5 bebês a cada milhão de nascimentos. Ela é caracterizada pelos órgãos vitais que se desenvolvem fora das partes correspondentes no corpo saudável.

Aos quatro meses, a pequena passou por uma cirurgia para solucionar o problema do coração para o lado de fora, mas sem sucesso. Nas imagens que circularam pela internet, é possível ver o órgão de Virsaviya, por fora do peitoral e coberto por uma fina camada de pele. Sem proteção adequada, qualquer pequeno contato ou queda pode causa um dano significativo. Qualquer gripe ou febre pode ser fatal.

Dari Borun / Divulgação
Desde que a menina se mudou com a mãe para a Flórida, nos Estados Unidos, o número de internações de emergência caiu muito em razão de as duas estarem morando em um lugar quente (foto: Dari Borun / Divulgação )


Mudança para os EUA
Atualmente, Virsaviya e Dari, que são de Novorossiysk, no sudoeste da Rússia, vivem no sul da Flórida onde pretendem se fixar permanentemente. A mãe conta que se mudou para os Estados Unidos porque os médicos russos disseram que não poderiam operar a menina em razão de ela ter um quadro de hipertensão.

Foi então que, como Dari contou à BBC, ela decidiu enviar fotos da filha para vários especialistas de diversos países e, apenas, o Hospital Infantil de Boston aceitou vê-la. A conclusão dos profissionais é de que é arriscado operar a menina, mas os especialistas acreditam que, continuando com a medicação e vivendo em lugar quente, Virsaviya pode ter qualidade de vida.

Ainda segundo a reportagem da BBC, nos oito meses em que as duas estão vivendo na Flórida, o número de vezes que a menina precisou ir à emergência caiu significativamente em comparação à Rússia. Nenhuma das duas tem seguro médico, elas vivem com amigos, mas Dari Borum pediu asilo para poder permanecer na Flórida.