Saúde

#ImNoAngel: campanha de marca de lingerie viraliza na internet

Modelo plus size mineira reforça a necessidade de incluir o conceito de diversidade na moda

Valéria Mendes

Justine Legault, Marquita Pring, Ashley Graham, Candice Huffine, Elly Mayday e Victoria Lee
A mineira Silvia Neves é uma das modelos plus size mais requisitadas do Brasil. Em entrevista recente ao Saúde Plena declarou: “Querem nosso dinheiro, mas não querem nos representar”, se referindo às marcas que produzem roupas para mulheres com manequim superior a 44, mas usam modelos magras em seus catálogos. Do alto de seus 1,75 metro de altura, 85 quilos e 40 anos ela recebeu com muita alegria a campanha ‘I m no angel’ (ou, em tradução livre, ‘Eu não sou anjo’), da marca de lingerie Lane Bryant que viralizou na internet nesta semana. “Eles levantaram para o mundo todo uma questão importantíssima: não é preciso estar dentro do padrão de beleza para ser sexy e bonita”.



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"A maioria dos meus trabalhos é em São Paulo", Silvia Neves critica mercado em Minas
A hashtag #ImNoAngel é uma provocação à outra marca de lingerie, a Victoria's Secret que tem no seu time de Angels as brasileiras Adriana Lima e Alessandra Ambrósio. No ano passado, a marca se envolveu em uma polêmica ao lançar a campanha ‘The Body Perfect’ (O Corpo Perfeito) para promover uma linha de sutiãs chamada ‘Body’ (‘Corpo’). Nas redes sociais, as mulheres reagiram e criaram, como forma de prostesto, a hashtag #iamperfect e a ação migrou inclusive para as lojas físicas da rede.

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"Seria um tédio se fôssemos todas iguais", é uma das frases ditas no vídeo em preto e branco da Lane Bryant. As modelos Ashley Graham, Marquita Pring e Candice Huffine estrelam a campanha. Silvia Neves diz que, no cenário internacional, o mercado plus size tem se mostrado aberto e incluído o conceito de diversidade como forma de se comunicar com as mulheres que estariam fora do padrão de beleza.

No caso do Brasil, Silvia - que também escreve para o site DasPlus ao lado de Rafa Coelho e Jane Leroy – diz que os passos são mais curtos. E ao falar da realidade em Minas Gerais reafirma que o mercado de trabalho é bem mais preconceituoso. “As marcas plus size ainda não usam modelos plus. A maioria dos meus trabalhos é em São Paulo”, revela.

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