Saúde

Mais de 100 especialistas em Aids estavam em avião que caiu na Malásia

Entre os mortos está Joseph Lange, um dos cientistas mais reconhecidos da área no mundo. Pesquisadores, ativistas e membros de ONGs viajavam para participar da 20ª Conferência Mundial de Aids, em Melbourne, na Austrália

Lange desenvolveu terapias mais acessíveis contra o HIV e de tratamentos para prevenir a transmissão de vírus de mães e bebês em países pobres
A ciência vive um momento de luto. Mais de 100 especialistas em Aids morreram na queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines na região leste da Ucrânia com 298 pessoas a bordo nesta quinta-feira. Pesquisadores e ativistas viajavam para a 20ª Conferência Mundial de Aids, em Melbourne, na Austrália.


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Reconhecido internacionalmente por defender o acesso a tratamentos mais baratos contra a doença em países pobres, o holandês Joseph Lange criou a PharmAccess, fundação sem fins lucrativos com o objetivo de facilitar esse acesso. O pesquisador é um dos principais nomes entre as vítimas da comunidade científica. Atualmente, era diretor do Departamento de Saúde do Centro Acadêmico de Medicina da Universidade de Amsterdã e, entre 2002 e 2004, presidiu a Sociedade Internacional de Aids (IAS, sigla em inglês) que organizava o evento.

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Em nota, a IAS expressou condolências e afirmou que irá cooperar com as autoridades. “Em reconhecimento à dedicação dos nossos parceiros na luta contra o HIV/Aids, a conferência vai continuar como planejado e vai incluir oportunidades para refletir e lembrar aqueles que perdemos”, diz a nota. Em entrevista a jornalistas, o atual presidente da IAS, Chris Beyrer, declarou: "o movimento HIV/Aids perdeu um gigante".

O avião malaio provavelmente foi derrubado por um míssil terra-ar lançado de uma zona ocupada pelos separatistas pró-russos, afirmou nesta sexta-feira a embaixadora americana na ONU, Samantha Power.

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