Saúde

Estudo mostra que tem crescido o número de intervenções, entre as mulheres, na região da pélvis

Pesquisa feita pela Universidade da Carolina do Norte chegou à conclusão de que uma em cada cinco mulheres passará por alguma cirurgia pélvica durante a vida, antes dos 80 anos. As causas são inclusive estéticas

Gláucia Chaves

Problemas de saúde, como incontinência urinária, fazem com que mulheres recorram cada vez mais às cirurgias pélvicas. Um estudo feito pela Universidade da Carolina do Norte chegou à conclusão de que uma em cada cinco mulheres passará por alguma cirurgia pélvica durante a vida, antes dos 80 anos — quase o dobro do risco da década de 1990 de se precisar de uma intervenção dessa natureza.


A pesquisa analisou dois tipos comuns de cirurgia pélvica: incontinência urinária de esforço (condição em que a urina pode vazar durante espirros ou quando a mulher ri) e prolapso de órgãos pélvicos (quando os órgãos da região pélvica “caem”, devido a um desequilíbrio de forças e alterações nas estruturas que mantêm os órgãos). Mas os procedimentos são vastos para uma série de problemas diferentes.

De acordo com Ademar Lopes, cirurgião oncologista, diretor do Departamento de Cirurgia Pélvica do Hospital A.C Camargo e vice-presidente do mesmo hospital, a região pélvica engloba vários órgãos, como o reto (porção terminal do aparelho digestivo), o útero, as trompas, os ovários e a porção interna do aparelho genital urinário, onde fica a bexiga. “Além disso, a região pélvica tem vasos sanguíneos, gordura e a parte óssea, constituída pelos ossos da bacia”, completa. O médico explica que, no caso de tumores, o tratamento é variado e depende em que estágio a doença se encontra. Há, ainda, cirurgias para tumores benignos, correção de bexiga caída e mais uma infinidade de procedimentos considerados “benignos”.

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