Saúde

Secretaria do DF retifica informação e diz que caso de chikungunya é suspeito

Missionária que estava no Haiti chegou de viagem no dia 1º de julho apresentando febre e mal-estar

Agência Brasil

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal retificou no final da manhã desta quarta-feira (9) a informação de que a capital federal havia registrado o primeiro caso de infecção pelo vírus Chikungunya. De acordo com o órgão, o caso da missionária que estava no Haiti e chegou ao Brasil no início de julho ainda é considerado suspeito, uma vez que os resultados do exame laboratorial demoram entre dez e 15 dias para ficarem prontos.


A paciente chegou de viagem no dia 1º de julho apresentando febre e mal-estar, sintomas da chamada febre chikungunya. Ao sair do aeroporto, ela se dirigiu ao Hospital Regional da Asa Norte, onde foi atendida. Após ser medicada, a mulher recebeu alta médica e não corre risco de morte, nem de transmitir a doença.

“Foram coletadas amostras de sangue e encaminhadas para análise laboratorial. Somente após o resultado haverá, ou não, a confirmação da doença”, informou a secretaria, por meio de nota. Mais cedo, a secretaria havia informado que o caso estava confirmado.

Dados do sistema de vigilância do Sistema Único de Saúde (SUS) apontam 20 casos confirmados da febre no país este ano. Segundo o Ministério da Saúde, todos são considerados importados, ou seja, as pessoas foram infectadas fora do Brasil, quando viajaram para países com transmissão da doença. Do total, 17 foram registrados em militares e missionários brasileiros que regressaram de missão no Haiti, além de um brasileiro que viajou para a República Dominicana. Os outros foram identificados em dois haitianos, que vieram para o Brasil e já regressaram ao país de origem.

“Ainda existem dois casos que continuam em investigação, também de pessoas vindas desses mesmos países. Todos os pacientes tiveram quadro leve, estável e evolução clínica favorável”, informou a ministério, também por meio de nota.

A doença é causada por um vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas, que incluem febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema, costumam durar de três a dez dias. A letalidade da doença, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, é rara e menos frequente que nos casos de dengue. O tratamento é feito para combater os sintomas.

Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que, desde 2004, o vírus já foi identificado em 19 países. Porém, só no final de 2013, foi registrada a transmissão autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe e, em março de 2014, na República Dominicana. Até então, apenas África e Ásia tinham circulação do vírus.

Em 2010, quando o Brasil registrou três casos importados (contraídos no exterior) da doença, o ministério passou a acompanhar e monitorar a situação do vírus causador da febre chikungunya.