Com a proximidade da Copa do Mundo no Brasil, que vai atrair milhares de pessoas de diferentes regiões do planeta, o Ministério da Saúde admite a possibilidade iminente da chegada da febre Chikungunya ao país. Por isso, tem trabalhado com os laboratórios centrais de saúde pública (Lacens) no sentido de prepará-los e capacitar os profissionais para o diagnóstico e controle da doença.
Segundo a funcionária do Laboratório de Dengue e Febre Amarela da Funed, Eliza de Souza Lopes, o Instituto Evandro Chagas, laboratório referência nacional para esse exame, já está produzindo reagentes para que, em breve, possam ser feitos os diagnósticos em todos os Lacens do país. Além disso, em parceria com o Ministério da Saúde, vai promover, a partir de hoje, em Belém (PA), uma reciclagem para os profissionais de todo o Brasil.
A técnica utilizada para o diagnóstico do vírus e a que será aplicada na Funed será a do teste Elisa e também a do PCR em tempo real, assim como são feitos os diagnósticos do vírus da dengue e da febre amarela. “Enquanto laboratório central de saúde pública, a Funed cumpre seu papel de atender, com eficiência e qualidade, a todas as demandas de vigilância do país. Há vários meses temos trabalhado na preparação para atuação em eventos de massa, como a Copa do Mundo, num esforço conjunto entre Funed, governo de Minas, Exército, Ministério da Saúde e tantos outros agentes públicos”, diz o presidente da fundação, Francisco Tavares Junior.
TRANSMISSÃO
O vírus Chikungunya é transmitido pelo mesmo vetor transmissor da dengue, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mas trata-se de um vírus diferente e não um novo tipo de dengue. A pessoa doente tem os mesmos sintomas de dengue, mas com a diferença de muitas dores nas articulações de forma aguda e que podem durar semanas. Até o momento, o Brasil registrou apenas casos importados, ou seja, pessoas que chegaram ao país já infectadas.