Saúde

Mulheres têm pouco conhecimento sobre questões básicas de sexo e gravidez, diz estudo

Pesquisa realizada nos Estados Unidos aponta que cerca da metade das mulheres nunca discutiu sobre sua saúde reprodutiva com um médico

AFP - Agence France-Presse

Cerca de 30% das entrevistadas disseram nunca ter feito um check-up de saúde feminina ou o fez menos de uma vez por ano
Quando se trata de fatos básicos sobre sexo, fertilidade, gravidez e sua própria saúde reprodutiva, as mulheres costumam ficar no escuro, concluiu um estudo publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos. A pesquisa foi realizada pela Universidade de Yale com base em uma consulta online feita com 1.000 mulheres com idades entre 18 e 40 anos de todo o país.


Segundo as conclusões publicadas no periódico Fertility and Sterility, apenas uma em cada 10 mulheres sabiam que fazer sexo antes da ovulação e não depois aumentaria as chances de engravidar. Mais de um terço afirmou pensar que algumas posições sexuais, como erguer os quadris, poderia aumentar as chances de concepção.

Cerca de 40% pensavam que seus ovários produziam novos óvulos continuamente. "Esta percepção equivocada é particularmente preocupante, especialmente em uma sociedade na qual as mulheres estão cada vez mais retardando a gravidez", afirmou Lubna Pal, co-autor do estudo e professor associado de obstetrícia, ginecologia e ciências reprodutivas de Yale.

Ainda segundo a pesquisa, cerca da metade das mulheres nunca discutiu sobre sua saúde reprodutiva com um médico. Além disso, 30% disseram nunca ter feito um check-up de saúde feminina ou o fez menos de uma vez por ano. No que diz respeito à saúde durante a gestação, a metade ignorava que tomar multivitamínicos ricos em ácido fólico são recomendados para evitar malformações.

Um quinto não sabia que a idade avançada pode causar taxas mais elevadas de aborto natural, infertilidade e anomalias fetais. "De um lado, este estudo evidencia lacunas no conhecimento das mulheres sobre sua saúde reprodutiva e, de outro, destaca preocupações das mulheres que não costumam ser discutidas com profissionais de saúde", afirmou Jessica Illuzzi, também professora associada de Yale e principal autora do estudo. "É importante que estas conversas ocorram neste contexto familiar em constante mudança", alertou.