Ingredientes:
- 2,5 kg de polvilho doce
- 1 litro de óleo, mais o suficiente para untar
- 500 ml de água
- Sal a gosto
- 4 dúzias de ovos
Riqueza:
- Tema desta edição do Sabores de Minas, os quintais são destaque na cultura de Igarapé. Mesmo com todas as facilidades dos dias de hoje, moradores fazem questão de manter o costume de cultivar hortas, pomares e criar galinhas no fundo das casas. Inspire-se!
Modo de Preparo:
Pôr o polvilho em uma gamela. Aquecer o óleo por aproximadamente seis minutos e despejar por cima do polvilho. Ferver a água e também despejar sobre a mistura. Mexer com uma colher de pau e, quando estiver morno, sovar bem, até esfriar. Pôr os ovos, um a um, e amassar até obter uma mistura homogênea, com a consistência mais mole. Pôr a massa em um saco de plástico ou de pano, com um corte em uma das pontas.
Espremer no tabuleiro, untado com óleo, fazendo meias-luas ou o formato que desejar e na espessura que o tabuleiro comportar. Assar em forno bem quente até o biscoito crescer e ficar dourado.
Doce magia dos quintais
Saudações aos apreciadores da boa mesa! O Sabores de Minas prova que não é preciso ir tão longe de casa para se surpreender. Estamos em Igarapé, a 33 quilômetros de Belo Horizonte, lugar em que o cotidiano pacato e as tradições sobrevivem, mesmo com a proximidade de grandes centros urbanos. E para desvendar a riqueza da cidade, basta chamar ao portão, entrar pelas casas e conhecer os quintais de nossos anfitriões.Nesse verdadeiro mundo de descobertas, a vontade é de descalçar os sapatos, pisar na terra, descansar à sombra de árvores, ouvir boa prosa e se deliciar com ingredientes colhidos na hora. A primeira a abrir as portas aos viajantes é Maria Henriques Maia, a Maria do Beijo. Em seu quintal predominam os pés de mandioca, mas também há espaço para feijão miúdo, ervas e verduras. Com a mandioca cultivada, Maria do Beijo prepara famosos biscoitos de polvilho, que fazem sucesso até em festas de casamento.
Aos 79 anos, é ela quem faz todo o trabalhoso processo: colhe a mandioca, rala, passa na peneira e deixa secar, até obter o polvilho. Para fazer a farinha torrada e o bolinho de feijão, ela também assume todas as etapas, desde o cultivo da matéria-prima ao preparo das iguarias. Acompanhar Maria do Beijo em sua lida diária faz bem a qualquer um. É por isso que ela deixa aberto o convite a quem quiser conhecer seu quintal, provar as iguarias e, é claro, bater um bom papo.