Ingredientes:
Para a labinia
- 1 litro e meio de coalhada
- 400 g de arroz cozido sem refogar e sem temperos (apenas lavar o arroz e cozinhá-lo até que fique macio)
- 1 ovo
- 1 colher (sopa) de sal
- 1 litro de água
- 2 colheres (sopa) de manteiga
Para o chichibarak
- 500 g de massa de pastel em rolo
- 500 g de carne bovina (patinho) moída
- 1 dente de alho picado
- 1 cebola picada
- 1 colheres (sopa) de óleo
- Pimenta-do-reino e cebolinha a gosto
Para o quibe
- 800 g de trigo
- 1 kg de carne bovina (patinho) moída
- 1 cebola grande picadaHortelã, pimenta-do-reino e sal a gosto
Chocolate:
- Produzidas em São Vicente de Minas, as trufas Cacau Real fazem sucesso em toda a região pela qualidade. Além dos bombons, vendidos em 14 sabores, há os cones trufados, uma casquinha de sorvete recheada com sete tipos de trufas. Contato: (35) 8832-9297.
Modo de Preparo:
Bater o ovo com o sal e misturar com a coalhada e a água. Levar ao fogo alto, em uma panela grande, mexendo bem, até levantar fervura. Pôr o arroz cozido e a manteiga. Deixar ferver sem mexer. Caso engrosse muito, pôr mais água, de modo que o caldo fique com consistência de sopa. Para o chichibarak, refogar a carne moída no óleo com alho, cebola, cebolinha e pimenta. Abrir a massa de pastel e cortá-la em retângulos de aproximadamente três centímetros de largura por quatro de comprimento.
Pôr um colher (chá) de carne no meio de cada retângulo e fechar unindo as duas partes maiores. Juntar as duas extremidades ao centro, como se estivesse dobrando o retângulo, para que fique parecido com um capelete. Reservar. Para o quibe, lavar o trigo e deixá-lo em um recipiente por três horas. Misturar com a carne e os temperos e passar a mistura em um moedor de carne. Enrolar os quibes em tamanho médio e, com o dedo, fazer um furo no meio, para que fiquem ocom e possam cozinhar por dentro.
Pôr o chichibarak e o quibe na panela com o arroz e cozinhar por 10 minutos.
Para apreciar sem pressa
De São Vicente de Minas, os viajantes continuam na rota dos queijos e estacionam em Andrelândia, a 280 quilômetros de Belo Horizonte. A cidade, que começou a ser povoada no século 18, é uma das mais antigas deste circuito e abriga uma tranqüilidade de se fazer os ponteiros do relógio caminharem um pouco mais devagar. Lá, nos deparamos novamente com a cultura árabe, o que prova que esses imigrantes deixaram seu legado cultural por todo o estado.Quem representa bem essa cultura é a mineira Maria Neuman Salomão, que aprendeu com a sogra todos os truques da cozinha sírio-libanesa. Ela conta que a sogra aportou no Brasil fugindo da guerra. "Ela dava muito valor à comida porque, durante a guerra, tinha que enterrar os alimentos para que não fossem saqueados." Até se casar com um descendente, Maria não conhecia nada daquela cultura e muitas vezes encarou com certo estranhamento as comidas preparadas pela sogra.
Foi o caso da labinia com chichibarak, uma espécie de sopa de arroz com coalhada, cozida com quibe e pasteizinhos que lembram o capelete italiano. Apesar de ser um pouco trabalhosa, a receita compensa o tempo gasto na cozinha. Afinal pressa para quê?