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Estado de Minas Doces e sobremesas

Cavaca

Receita fornecida por Lindaura Afonso de Aguilar, de Jequitinhonha: (33) 3741-1361


postado em 06/01/2017 08:10

Ingredientes:

- 500 g de farinha de trigo

- 500 g de açúcar refinado

- 1 ovo

- 2 colheres (sopa) de álcool

- 3 xícaras (chá) de água

- 2 colheres (sopa) de manteiga, mais o suficiente para untar o tabuleiro

- 2 xícaras (chá) de leite

- 1 pacote (100 g) de confeitos coloridos

Material

- Cilindro para massas

- Carretilha para massas

- Tabuleiro

Curioso

:

- No Bar 32 de Março, em Jequitinhonha, mentir não é pecado, como o próprio nome indica. O lugar é ponto de encontro dos contadores de causos e oferece o melhor dos tira-gostos da região, como tripa frita, caldo de pinto e farofa de feijão. Contato: (33) 3741-1001.

Modo de Preparo:

Em uma vasilha, misturar a farinha, o ovo, o álcool e o leite. Amassar bem, até obter massa firme. Deixá-la descansar, coberta, por 30 minutos. Dividir a massa em porções do tamanho aproximado de 8cm de diâmetro, abrir com um rolo e passar pelo cilindro, até obter um retângulo de espessura bem fina e cerca de 10cm de largura. Dobrar a extremidade do menor lado da massa, de modo que a dobra fique com cerca de 1cm de largura.

Com carretilha, cortar essa dobra e, nela, fazer quatro cortes transversais, como se fossem escamas. Curvar a massa no formato de meia-lua. Repetir o processo para cada cavaca e levar todas para assar em forno médio por 15 minutos. Em uma panela, levar ao fogo o açúcar e uma xícara de água. Quando a calda der o ponto de fio (quando se forma um fio ao escorrer da colher), deixar a panela em banho-maria.

Mergulhar as cavacas aos poucos e, em seguida, passá-las nos confeitos coloridos.



Quitanda refinada

Quem vê o biscoitinho de massa frágil e formas delicadas sequer imagina que, em outras épocas, ele já foi sinônimo de status na sociedade de Jequitinhonha. A cavaca, como é chamada a quitanda, é uma verdadeira relíquia e quem conta um pouco dessa história é uma das últimas quitandeiras da cidade a prepará-la. "Antigamente, se um casamento tinha cavaca, era porque era de gente chique", lembra Lindaura Afonso de Aguilar.

Aos 83 anos, a cozinheira lamenta o fato de não dar conta de tantas encomendas como antigamente, mas por vezes abre exceções e tira das gavetas todo seu material de cozinha. A receita é simples e o segredo está no preparo, que exige calma e sensibilidade. Para dar continuidade à tradição, Lindaura passou todo o conhecimento à filha de criação, Alvina. A quitandeira reclama que já não haja festas como antigamente e diz que, com isso, as cavacas perderam um pouco do seu charme.

Ainda assim, é só perguntar a qualquer pessoa da cidade sobre o biscoito, que todos se derretem. Da senhora de mãos habilidosas, fica o singelo apelo para o resgate do símbolo de uma culinária que causa suspiros pela sutileza do preparo e pelo sabor.

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