Orelha

por 30/05/2015 00:13
Lenise Pinheiro/Folha Imagem
Lenise Pinheiro/Folha Imagem (foto: Lenise Pinheiro/Folha Imagem )


Além das palavras

Uma preciosidade para os amantes da literatura. O livro Para além das palavras: interpretação e realidade em Antonio Candido (Editora Unesp) analisa como Antonio Candido (foto) teorizou o problema da representação da realidade na literatura. Anita Martins Rodrigues de Moraes levanta uma questão essencial: como abordar as contribuições do intelectual nos estudos literários tendo em conta a presença, em sua obra, de premissas evolucionistas criticadas, ou mesmo superadas, no âmbito das ciências sociais?. O Centro Cultural Banco do Brasil fica na Praça da Liberdade, 450. Entrada franca, mediante retirada de senha.

***

Anita Martins Rodrigues de Moraes é professora de teoria da literatura na Universidade Federal Fluminense. Seus interesses de pesquisa se voltam para a questão da representação, com particular atenção para a representação do outro, ou seja, para as questões da mimesis e da alteridade. Dedica-se especialmente ao estudo das relações entre teoria literária e antropologia e entre literatura e etnografia. De suas publicações, destaca-se o livro O inconsciente teórico: investigando estratégias interpretativas de Terra Sonâmbula, de Mia Couto (2009).

Mente e música


Na quarta-feira, a partir das 19h30, o Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte dá início ao ciclo de debates Arte & Ciência, que também será realizado no CCBB Brasília, CCBB Rio de Janeiro e CCBB São Paulo. O encontro inaugural da série reúne o neurocientista Esper Cavalheiro e o músico e ensaísta José Miguel Wisnik  para discutir o tema “A mente e o poder da música”, com mediação do filósofo e diretor teatral Luiz Carlos Garrocho. Entrada franca mediante retirada de senhas a partir das 18h30. Numa série de sete debates, sendo um encontro por mês, o Arte & Ciência será realizado nos CCBBs Belo Horizonte e Brasília, entre junho e dezembro. Já nos CCBBs Rio de Janeiro e São Paulo, o ciclo será apresentado entre os meses de maio e novembro.

***

O ciclo Arte & Ciência tem por objetivo discutir a interrelação entre cultura científica e cultura humanística e artes, abordando temas estimulantes e atuais, como o papel da razão, da memória e da imaginação no mundo contemporâneo; os dilemas éticos envolvidos nas pesquisas genéticas; o poder das artes e da música para o bem-estar psicológico, as fronteiras filosóficas da física e da cosmologia. “Nossa intenção é estimular e atrair o público para assuntos interessantes e de ponta, reunindo um time de primeira grandeza, entre cientistas e pesquisadores, escritores, artistas plásticos e filósofos”, diz Carlos Nagib, gerente geral do CCBB Belo Horizonte.



Privações e miséria


Duas vezes banido no Irã, onde hoje é um dos maiores best-sellers de todos os tempos, O livro do destino chega agora às livrarias brasileiras pela Editora Bertrand Brasil. Escrito pela socióloga e psicóloga Parinoush Saniee, o título já foi traduzido em várias línguas e, em 2013, recebeu o prêmio Boccaccio Prize, na Itália. A obra narra, de forma épica, a vida de Massoumeh, uma mulher que, ao longo de 50 anos, vivencia as agruras impostas pela sociedade repressora de seu país, passando por privações, abusos e momentos de miséria. Por meio da saga de Massoumeh e sua família, o livro abre uma janela de meio século sobre a turbulenta história do Irã e de seu povo.

Um por todos

Dartagnan, Athos, Porthos e Aramis: quem nunca ouviu falar de pelo menos um desses nomes?. Os famosos personagens de Os três mosqueteiros, escrito por Alexandre Dumas em 1844, ganham uma nova roupagem nas mãos do autor Pedro Bandeira em Os três mosqueteiros – Recriação da obra de Alexandre Dumas. O livro chega à segunda edição e acaba de desembarcar na Editora Moderna com novo projeto gráfico e ilustrações inéditas de Alberto Pez. O encontro de Dartagnan com os mosqueteiros do rei, o lema “Um por todos e todos por um” e as deliciosas confusões desses leais guardas são recontados por Pedro Bandeira sem perder a essência, o suspense, a aventura e o bom humor típicos da narrativa original.

África viva

A formação cultural de muitos brasileiros se deu com a miscigenação de várias culturas, entre elas a africana. Trazidos como escravos ao Brasil, entre os séculos 14 e 17, muitos grupos africanos foram tirados da sua pátria e separados de seus familiares. Para explorar ainda mais nossos antepassados, a Editora Moderna lança Kiese: história de um africano no Brasil, que narra a trajetória de um menino capturado em sua aldeia, na África, e trazido para o nosso país. Na obra, escrita por Ricardo Dreguer e ilustrada por Bruna Assis, o próprio protagonista é quem narra
a história.

MAIS SOBRE PENSAR