Orelha

por 23/05/2015 00:13
Jair Amaral/EM/D.A Press
Jair Amaral/EM/D.A Press (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Ernesto ganha o
primeiro número


Hoje, às 11h30, na Casa Amora (Rua Paraíba, 941, Savassi), será lançada a primeira edição da Revista Ernesto. O encontro vai contar com convidados especiais: Ricardo Trajano, carioca que foi o único sobrevivente de um desastre aéreo no qual morreram 123 pessoas; Eduardo Moreira, ator e fundador do Grupo Galpão; Rogério Fernandes, artista plástico que exibe seu talento pelos muros da capital; e Henrique Gilberto, chef de cozinha.

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A edição Zero: Superexposição veio a público em fevereiro de 2015. De acordo com os organizadores, o novo número é resultado “do esforço e da vontade de continuar estapeando gentilmente o Ernesto que existe em cada um de nós”.



Ordem política

O livro A montanha que devemos conquistar: reflexões acerca do Estado (Boitempo Editorial), de István Mézáros, pode ser definido como um ensaio. Não no sentido acadêmico, mas de preparação mesmo, de algo que não chegou à sua forma final. Isso, porém, não o deprecia. Nota da introdução descreve o texto do filósofo húngaro como uma versão expandida de palestras realizadas no fim de 2013 em quatro universidades brasileiras. “A difícil questão para nós é: quanto tempo pode a perversa normalidade de uma ordem socioeconômica e política antagônica, com sua irreprimível tendência de afirmação global de seu domínio, manter sua dominação sem destruir a própria humanidade? Esse é o tamanho da montanha que devemos escalar e conquistar”, diz ele

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Em junho, a Boitempo Editorial vai lançar também A cidade das letras, obra fundamental do escritor uruguaio Ángel Rama (1926-1983), na qual ele analisa a função da classe letrada no planejamento e desenvolvimento dos centros urbanos da América Latina – da destruição da cidade asteca Tenochtitlan, em 1521, à inauguração de Brasília, em 1960.





História vende

As historiadoras Heloísa Starling (foto) e Lília Schwarcz comemoram o sucesso de Brasil: uma biografia, recém-lançado pela dupla. Depois de destinar 18 mil exemplares às lojas, a Companhia das Letras reimprimiu mais 10 mil livros devido à demanda. “Isso ocorreu em apenas 10 dias”, revela Heloísa, feliz com o interesse do cidadão pela trajetória de seu país. Ela enfatiza que o trabalho é destinado sobretudo ao leitor não especializado. Um dos motivos dessa performance, na opinião da autora, foi a opção de adotar o formato biografia, chamando a atenção para personagens marcantes. É o caso, por exemplo, de bandidos que atazanaram mineradores em Minas Gerais durante o Ciclo do Ouro e de personalidades como Getúlio Vargas.

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O novo projeto de Heloísa vai sair pela Editora UFMG. Ela assina um texto no livro em que Maria Bethânia apresenta a obra de poetas brasileiros ao público, sobretudo aos jovens. Um DVD gravado pela cantora baiana acompanha o exemplar. A historiadora anuncia também alentada coleção voltada para os arquivos da ditadura civil-militar de 1964, reunindo colaborações de especialistas, pesquisadores e jornalistas.



A Lapa e a boemia

Cronista da vida boêmia do Rio de Janeiro, Luís Martins fez da Lapa o personagem principal de sua obra literária. Seu romance de estreia, que leva o nome do bairro, foi lançado em 1936 e deixa à mostra um lado escuro da cidade, com personagens destinados à dor e à miséria. Já o volume de memórias Noturno da Lapa, publicado quase 30 anos depois, venceu o Prêmio Jabuti. Os dois títulos figuram entre os clássicos das letras brasileiras e foram escolhidos para integrar a Biblioteca Oficial do projeto Rio 450. Esgotadas há muitos anos, as obras, relançadas pela José Olympio, retornam às livrarias e serão vendidas juntas em um kit.



Flip 2015

O elogiado escritor cubano Leonardo Padura (foto), autor de O homem que amava os cachorros, o jornalista e escritor italiano Roberto Saviano, autor de Gomorra, e o brasileiro Reinaldo Moraes, conhecido pelo erotismo de sua obra, são alguns dos destaques da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que será realizada de 1º a 5 de julho.



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