Lançamentos

por 20/09/2014 00:13
FICÇÃO
A 25ª HORA
De Virgil Gheorghiu
Intrínseca, 352 páginas, R$ 34,90
E-book, R$ 19,90
Lançado em 1949 no país, o livro do teólogo romeno conta a história de um camponês às voltas com algozes nazistas e a degradação humana imposta pela guerra. O protagonista Iohann Moritz, que é denunciado como judeu, embora não o seja, peregrina por campos de concentração, escapa da morte e, na condição de trabalhador húngaro voluntário, acaba sendo considerado um exemplar excepcional da linhagem ariana por um médico das forças de Hitler. A nova edição brasileira ganhou tradução de André Telles. O livro foi adaptado para o cinema em 1963, dando origem ao filme estrelado por Anthony Quinn e Virna Lisi.

FOTOGRAFIA
ARPOADOR
De Frederico Mendes e Gilberto Braga
Barléu Edições, 156 páginas, R$ 80
“Altar” da carioquice, o Arpoador fica na fronteira de dois mitos: Copacabana e Ipanema. Celeiro dos primeiros surfistas que surgiram no Rio de Janeiro, o point da Zona Sul é clicado por Frederico Mendes, que retratou o mar, as pedras, a praia e seus frequentadores. O texto é do novelista Gilberto Braga, morador do bairro e tijucano de nascimento. A ele basta abrir a janela do apartamento para se deparar com a bela paisagem – natural e humana – registrada por Mendes.

ÁGUA ESCONDIDA
De Caio Reisewitz
Instituto Moreira Salles/Bei Editora, 144 páginas, R$ 120
Caio Reisewitz é um dos nomes de ponta da fotografia contemporânea brasileira. O autor investiga a relação das cidades de Belém e São Paulo com sua hidrografia por meio de galerias subterrâneas, barrancos, avenidas, córregos e represas. O mundo rural e o universo urbano se confrontam e se confundem nesse projeto. O lançamento ocorrerá terça-feira, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, durante o evento Arq.Futuro. O volume traz também um ensaio inédito do antropólogo baiano Antonio Risério.

MEMÓRIA
A ALMA DO NEGÓCIO
De Alberto Villas
Editora Globo, 208 páginas, R$ 39,90
O belo-horizontino Alberto Villas cultiva, com gosto, o hábito de cultuar a nostalgia. Depois de lançar Admirável mundo velho! e Pequeno dicionário brasileiro da língua morta, o jornalista resgata do baú peças de propaganda dos anos 1950 a 1970. Rural Willys, calças de nycron, blusas de ban-lon, cremes Rugol e o pó de arroz Cashmere Bouquet foram “exumados” por Villas. Muita gente vai se emocionar ao abrir o livro e encontrar anúncios da camisa Volta ao mundo, do Q-suco (com sua jarra sorridente) e da tinta Super Quink.

MÚSICA
A REPÚBLICA CANTADA – DO CHORO AO FUNK
De André Diniz e Diogo Cunha
Zahar, 176 páginas, R$ 39,90
E-book, R$ 24,90

A história do Brasil – da monarquia ao governo Dilma Rousseff – é recontada por meio do cancioneiro nacional. Marchinhas e sambas foram trilha sonora da República recém-proclamada, assim como a MPB de protesto contestou o golpe civil-militar de 1964 e o BRock expôs as contradições da chamada Nova República, que decepcionou a sociedade mobilizada em prol das Diretas já. O livro chega às manifestações de junho do ano passado, lembrando que Vem pra rua, jingle da propaganda de uma marca de automóveis, tornou-se hino dos indignados brasileiros.

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