OS LOBOS DA INVERNIA
De Anne Rice
Editora Rocco, 432 páginas, R$ 39,50

O jovem personagem Reuben Golding está de volta nessa continuação de A dádiva do lobo. O repórter do San Francisco Observer se vê transitando entre dois mundos numa trama cheia de lobisomens e mistérios. O rapaz luta para conter seus instintos ao enfrentar situações violentas, sobretudo ao se deparar com injustiças sofridas por vítimas inocentes. Às voltas com misteriosos cientistas, Golding adota novo comportamento, abandonando a família e a noiva, Celeste, trocando-a por um novo relacionamento. Muitas provações são necessárias para que o rapaz volte a viver tranquilamente.


MATUSALÉM DE FLORES
De Carlos Nejar
Boitempo, 216 páginas, R$ 43

“Existimos enquanto durarem nossas palavras”, afirma o protagonista do novo livro de Carlos Nejar, que recorre a signos de narrativas épicas para contar a história de Matusalém, homem às voltas com situações adversas em uma terra “onde o mar não acaba nem a terra principia”. Em meio a sagas quixotescas, ele enfrenta pestes, infortúnios, amores e guerra. Poeta, tradutor e crítico literário, o gaúcho Nejar, nascido em 1939, é considerado um dos principais nomes da poesia de sua geração. Desta vez, ele mescla a linguagem poética com o romance.


COMO LER UMA FOTOGRAFIA

De Richard Salkeld
Editora G. Gilli, 184 páginas, R$ 90

O propósito do autor é despertar a curiosidade para tudo o que cerca uma imagem. O que ela significa? Por que se adotou determinado ângulo? Que detalhes importantes podem parecer imperceptíveis à primeira vista? Partindo do básico – ou seja, dos fundamentos da imagem fotográfica, criada a partir da luz –, Salkeld ajuda a perceber como a história da fotografia está relacionada à escolha de motivos retratados. A semiótica é uma das ferramentas de análise empregadas pelo autor, professor de história e teoria da arte na Universidade de Gloucestershire, na Inglaterra.

OS BISPOS CATÓLICOS E A DITADURA MILITAR BRASILEIRA
De Paulo César Gomes
Editora Civilização Brasileira, 224 páginas, R$ 32

Historiador e pesquisador do Grupo de Estudos sobre a Ditadura Militar da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o autor aponta contradições na atuação da Igreja Católica durante o governo militar imposto pelo golpe de 1964. Gomes afirma que uma rede de espionagem nacional vigiou bispos progressistas que lutaram contra a tortura, as prisões arbitrárias e exigiram providências das autoridades em relação a pessoas desaparecidas. De acordo com ele, não houve homogeneidade na atuação dos religiosos, nem mesmo entre aqueles considerados progressistas.


OS GREGOS ACREDITAVAM EM SEUS MITOS?
De Paul Veyne
Editora Unesp, 205 páginas, R$ 34

A crença é o cerne deste livro do historiador e arqueólogo francês, especialista em Roma Antiga. Com base no pensamento dos gregos, Paul Veyne aborda o tema, relacionando as verdades a contextos culturais em que foram elaboradas. Longe de ser uma simples experiência realista, a verdade, na opinião do especialista, é a experiência mais histórica de todas. Verdade, afirma ele, quer dizer muitas coisas – pode até abranger literatura de ficção.