Orelha

por 30/08/2014 00:13
Arquivo Público Mineiro/Reprodução
Arquivo Público Mineiro/Reprodução (foto: Arquivo Público Mineiro/Reprodução)


Passado e presente

Diogo de Vasconcelos (1843-1927) é um dos nomes que marcam a historiografia mineira. Jornalista, advogado, deputado, senador e agente executivo de Ouro Preto, ele foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e deixou obras como História antiga das Minas Gerais e História média das Minas Gerais. O historiador ganha homenagem em duas publicações que integram a coleção Historiografia de Minas Gerais, da Autêntica Editora. A primeira é História da civilização mineira: Bispado de Mariana, na qual Diogo de Vasconcelos, a partir de fontes documentais, enaltece a importância da Igreja na formação da sociedade mineira. O outro livro, Diogo de Vasconcelos: o ofício do historiador, organizado por Adriana Romeiro e Marco Antonio Silveira, é uma coletânea de ensaios que tem como objeto a contribuição de Diogo de Vasconcelos para os estudos históricos em Minas Gerais.

Bamba nas letras



Nei Lopes (foto) é mais conhecido como compositor, mas é também escritor, com mais de 30 livros publicados, entre eles a Enciclopédia brasileira da diáspora africana e o Dicionário banto do Brasil. Romancista e cronista, ela agora passa a integrar a série Contos e crônicas para ler na escola. O volume lançado pela Objetiva tem seleção feita por Ninfa Parreiras.

Hebraico

A Sociedade Bíblica do Brasil está lançando o segundo volume do Antigo testamento intralinear hebraico-português. O texto hebraico vem ao lado da versão em português, com tradução palavra a palavra e o texto em sua forma literária. O novo tomo abrange os textos dos chamados Profetas Anteriores (Josué, Juízes, Samuel e Reis). A editora anuncia para breve o lançamento de mais dois volumes, que reunirá os livros dos Profetas Posteriores e dos Escritos. O primeiro volume, publicado em 2012, abrange o Pentateuco.
 
Serial killer


Dexter é mau. Mas faz sucesso. O especialista forense e serial killer, depois de fazer sucesso na literatura e em games, chega agora ao mundo das HQ. Escrito por Jeff  Linday, com ilustrações de Dalibor Talajíc, Dexter é o mais novo laçamento da Planeta (que também lançou os oito romances do personagem no Brasil). A nova aventura visita o passado do anti-herói e não é conhecida nem em livro nem na telinha.

Aula de política

Um pensador social e político indispensável, Pierre Bordieu (1930-2002, foto) tem parte de seus cursos ministrados no Collège de France reunidos no livro Sobre o Estado, que sai no Brasil pela Companhia das Letras, com apresentação de Serio Miceli. O volume traz os seminários realizados entre 1989 e 1992, tendo como tema central a questão do Estado moderno. O leitor leigo na obra de Bordieu vai acompanhar, por meio de suas análises, os temas e conceitos que marcaram a trajetória do pensador francês, como as noções de campo, capital e habitus. São reflexões que ajudam a entender temas próximos à política brasileira contemporânea, como a judicialização da política e os embates em torno do controle do Estado.

Guerra e paz

A série de conferências Por que os homens vão à guerra, de Bertrand Russel (1872-1970), chega em breve ao público pela Editora da Unesp. O autor defende em seu livro uma filosofia da política baseada na crença de que o impulso tem mais efeito do que o propósito consciente. Nos textos, Russel relaciona temas como guerra, pacifismo, razão, paixão e liberdade individual e produz uma reflexão sobre os motivos que levam homens a estados de beligerância e de que forma os conflitos poderiam ser evitados.

Bartô na Global


Depois de longa negociação com os herdeiros, a obra do escritor Bartolomeu Campos de Queirós e integra agora ao catálogo da Global Editora, que já havia publicado alguns títulos infantis e juvenis do autor mineiro. Bartô passa a fazer parte do elenco de autores exclusivos publicados pela editora, como Orígenes Lessa, Câmara Cascudo, Marcos Rey, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Cora Coralina, Darcy Ribeiro, Gilberto Freyre e João Carlos Marinho, entre outros.

Virada literária


A literatura também marca presença na Virada Cultural de BH, com programação concentrada na sede da Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1.466, Centro). Hoje, às 19h, tem o debate “O que quer a nova literatura feita em Minas”, com participação de Jacques Fux, Mônica Aquino e
Gustavo Fechus.

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Às 22h, será realizada a performance Cidades visíveis, com João Diniz e Daniella Zupo, que mostra com sons, texto e imagens a realidade de oito cidades visitadas pelo arquiteto João Diniz, envolvendo o lado ambiental
e humano.

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Verborragia mínima, apresentação de poesia sonora de Makely Ka, propõe ao leitor-ouvinte uma nova forma de percepção do poema, com técnicas de vocalização poética. Makely se apresenta às 23h, acompanhado de DJ.

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Os escritores Ana Maria Martins, Carlos de Brito e Mello e Fabrício Marques participam amanhã, às 10h, de debate mediado pelo ensaísta e crítico Manuel da Costa Pinto.

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