Em busca do tempo passado

por 25/05/2013 00:13
Marcos Michelin/EM/D.A Press
None (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Em tempos de geração de emprego e distribuição de renda, como os atuais, alguns fantasmas do passado costumam ficar esquecidos. E, de tempos em tempos, retornam, como que a cobrar a dívida. Nesta edição, Pensar & Agir trata de quatro destes temas. O primeiro deles – que é também um convite a uma reflexão na semana que antecede a Semana Mundial do Meio Ambiente – é o do desmatamento, que, há cinco séculos, não consegue estar lado a lado com a produção agropecuária.

Felizmente, há uma luz no fim do túnel. São os plantadores de florestas: ONGs e empresas que veem no plantio de florestas nativas uma alternativa de lucro e, ao mesmo tempo, de preservação ambiental. A se manter o ritmo dos plantios, é possível que, dentro de algum tempo, se consiga consolidar a ideia, acalentada há décadas por ambientalistas, de que é possível obter lucro com a floresta em pé.

Outro fantasma a nos assombrar é o do saneamento, cuja universalização caminha a passos muito lentos. Em entrevista, o pesquisador britânico Sandy Cainross faz uma observação muito sábia:  nem sempre a solução mais cara é a mais eficiente.

Pensar & Agir traz uma reflexão também sobre um tema polêmico: o da redução da maioridade penal, um fantasma que sempre ressurge quando algum crime violento é praticado por um menor. O pesquisador Robson Sávio, em artigo, recomenda que o tema seja tratado mais com a razão do que com a emoção, sob pena de praticarmos um retrocesso em vez de avançarmos.

Por fim, uma reflexão sobre os esquecidos pela história, como os índios cuja tragédia foi retratada pelo Relatório Figueiredo, que o Estado de Minas e o Correio Braziliense mostraram em reportagens recentes. Cristiano Paixão, da UnB, considera fundamental o país fazer um acerto de contas com seu passado.

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