O dinheiro na era digital: inovação, criptomoedas e blockchain

PIX e cartões virtuais abriram o caminho para o dinheiro na era digital; mais que blockchain e Bitcoin, estamos vendo a reformulação do sistema financeiro

25/02/2022 14:35
Divulgação
Uma nova era para o dinheiro: a transformação digital já começou (foto: Divulgação)

 
Você pode ainda não ter muita familiarização com criptomoedas, tokens, blockchain e carteira digital. Mas e com PIX e cartão de crédito virtual, você tem? Independentemente do quanto conheça, todas são transformações que possibilitam o dinheiro na era digital.

Mais do que pagar contas, as novas plataformas virtuais permitem que você crie novas relações com seu dinheiro. Além disso, elas mostram que a sociedade está deixando para trás o mundo analógico e migrando para o digital.

Em um mundo progressivamente mais conectado à web, usamos cada vez menos o dinheiro de papel. Até mesmo o cartão de crédito de plástico já está sendo substituído por novas tecnologias que prometem mudar o setor financeiro como um todo.

Diante disso, conhecer as transformações digitais, entender as mudanças no mercado e o que há de mais novo em soluções financeiras é extremamente necessário.
 

O que é o dinheiro na era digital e como funciona?


A era digital está trazendo grandes transformações para a forma como nos relacionamos com o dinheiro. A maior parte do dinheiro que está em circulação no mundo já não é mais físico.

Impulsionada pela pandemia que vem assombrando o mundo desde 2020, a transformação tecnológica fez com que fossem criadas outras maneiras de pagar contas, comprar e vender mercadorias, entre outras operações.

No Brasil, por exemplo, o uso dos meios eletrônicos e digitais de pagamento viu altas impressionantes com as restrições ao contato físico nesse período. Com a criação do PIX pelo Banco Central, em 2020, o brasileiro está deixando de usar a moeda em papel e a frase “Aceitamos PIX” já faz parte do vocabulário de grande parte das pessoas e estabelecimentos.

Além disso, os próprios bancos centrais dos países, tanto do Brasil quanto de outros, estão criando projetos para tornar as moedas fiduciárias, ou seja, o dinheiro regular, como real ou dólar, disponíveis também de forma digital.

Como se já não bastasse, essas não são as únicas mudanças que se observam no setor financeiro: a expansão desse mercado também engloba as criptomoedas e o blockchain, mostrando que ainda há um caminho muito longo e pouco explorado para se percorrer.

Como as transformações digitais impactam a relação com o dinheiro?


Seguindo a tendência de digitalização com o surgimento de meios de pagamento como o PIX, as carteiras virtuais e as criptomoedas, é inegável que a relação que temos hoje com o dinheiro está sendo reformulada.

De acordo com a Agência Brasil, atualmente, apenas 3% do dinheiro que circula no Brasil é em papel moeda. O restante está em contas bancárias, contas digitais, aplicações, investimentos, entre outros.

Confirmando essa revolução, os bancos centrais reguladores das economias nacionais já estão dispostos a criar versões digitais para moedas. Aqui, não falamos de criptomoedas em si, mas da digitalização de moedas fiduciárias, emitidas pelos governos.

Não é preciso muito para notar que a mudança terá impacto direto na vida das pessoas. Afinal, a moeda passaria a ser 100% nativa digital, como já acontece com as criptomoedas e os tokens.
 

O que são as criptomoedas?


As criptomoedas são moedas digitais, que não existem no mundo físico. Diferentemente das moedas fiduciárias, elas não são emitidas por um controle central, o que faz com que sejam, teoricamente, imunes à interferência ou manipulação do governo.

As criptomoedas são ativos que podem ser comercializados de pessoa para pessoa (peer-to-peer) sem que haja um intermediário, como um banco, por exemplo. Desse modo, elas se destacam por serem:

  • Descentralizadas: não são regidas por uma organização como acontece com o real ou outra moeda nacional centralizada.
  • Voláteis: os preços sofrem oscilações com maior frequência em comparação ao mercado tradicional.
  • Internacionais: por serem moedas digitais, as criptomoedas podem ser usadas no mundo todo. 
  • Privadas: por fazerem uso da criptografia, permitem transações públicas sem a exposição dos dados de quem compra ou vende.

Essas características são os grandes diferenciais das criptomoedas, que têm como ponto fundamental o fato de serem descentralizadas. Não há um órgão ou governo que responda pelo controle, pela intermediação e pela autorização de sua emissão, transferência e outras operações financeiras.

Quem torna possível seu funcionamento, sem interrupção e independentemente de comando central, é a própria comunidade, que empresta poder computacional para a rede e toma decisões importantes sobre os caminhos dela. Na prática, o “poder de controle” se volta para pessoas comuns que usam o sistema - que podem ser eu ou você, por exemplo.

O que é blockchain?


O blockchain é um tipo de sistema para armazenamento de todos os dados relacionados às criptomoedas e a outros ativos digitais. Apesar de não se restringir somente ao Bitcoin, os conceitos acabam sendo inseparáveis, já que o blockchain é uma das principais inovações tecnológicas que o Bitcoin trouxe à tona.

A tecnologia do blockchain funciona como uma imensa base de dados em que todos os computadores conectados a uma mesma rede trabalham juntos para validar e armazenar as informações de transações com essas moedas virtuais.

Essa base de dados fica acessível para consulta de qualquer pessoa. Com essa tecnologia, é praticamente impossível apagar ou alterar algum dado. Por conta disso, o blockchain é considerado um ambiente extremamente seguro.

O blockchain compreende um conjunto de blocos que estão conectados em cadeia. Cada bloco tem em si as informações das transações do momento e de todas as anteriores. Dessa forma, a tecnologia cria uma corrente de dados que só pode ser acessada mediante a aplicação de uma assinatura, conhecida como hash, um algoritmo matemático que gera identificadores únicos e garante a segurança de senhas, informações e arquivos.

Essa tecnologia desincentiva fraudes, já que todos os blocos no blockchain passam por verificação de máquinas, os chamados mineradores, e os blocos que saem do padrão são facilmente detectados pelos demais que compõem a rede.

Em média, a cada 10 minutos é formado um novo bloco de transações na rede de Bitcoin, que se liga ao bloco anterior, e a verificação de todas as informações é feita dentro desse período. Por isso o blockchain é tão seguro, porque o hacker teria que, nesses mesmos 10 minutos, invadir a maioria (50% mais 1) das máquinas responsáveis pelas transações daquele bloco.

Por conta disso, atacar o blockchain é custoso, enquanto defender e validar os dados é barato. Em outras palavras, o próprio sistema tem um mecanismo que aumenta ainda mais sua segurança de forma automática.

Para que serve o blockchain na era do dinheiro digital


Diante do que foi dito sobre o blockchain, fica a pergunta: qual a funcionalidade do blockchain no dia a dia? Como ele possibilita o dinheiro na era digital?

Basicamente, o blockchain serve para que se tenha um registro coletivo de tudo o que acontece no ambiente de uma criptomoeda. Depois de autorizada uma transação, não há como voltar atrás e os dados ficam armazenados para sempre.

Desse modo, ele funciona como uma grande rede de armazenamento de informações, servindo como o banco de dados público das criptomoedas. Apesar de estar intimamente ligado ao Bitcoin e às criptomoedas em geral, essa rede de dados protegidos pode ser usada em diversos setores, como:

  • armazenamento de documentos;
  • contagem de votos;
  • guarda de registros;
  • validação em cartórios;
  • acompanhamento de processos de logística.

A tendência do mundo moderno é que o uso do dinheiro seja cada vez mais restrito ao meio virtual em uma era digital. Assim sendo, as criptomoedas surgem como uma maneira eficaz de fazer a transferência de valores e até mesmo como complemento para as moedas fiduciárias, como o real e o dólar.

Além disso, o mercado de cripto nunca fecha, o que significa que as transações estão sempre acontecendo. A transferência, a movimentação ou a consulta de valores de criptomoedas pode ser feita todos dias, a qualquer hora, independentemente do local em que se está.

Em outras palavras, o sistema funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana e não há restrições de horários, como costuma ocorrer com as moedas tradicionais.

Você pode dar o primeiro passo em direção ao dinheiro na era digital, usando o aplicativo da Bitso, que é 100% gratuito e está disponível para iOS e Android. A Bitso é uma exchange de criptomoedas internacional e está pronta para te mostrar como as moedas digitais vão transformar a sua relação com o dinheiro.

Continue conectado com as novidades que o mercado de criptomoedas oferece e saiba tudo sobre o assunto. Afinal, estamos apenas no início da transição para o dinheiro na era digital!

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