Safra 2020/2021: crédito rural atinge quase R$ 234 bi em menos de um ano

As informações sobre o crescimento são do Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021

08/06/2021 14:29
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(foto: Pixabay)

 
O setor agrícola nacional mantém pleno crescimento. A condição requer um ambiente estimulador às diversas atividades produtivas rurais. E a área de crédito tem sido uma ótima alternativa para garantir o bom desempenho no campo.
 
Entre julho de 2020 e maio de 2021, o desembolso do crédito rural atingiu R$ 233,9 bilhões. O valor representa um aumento de 19%, quando comparado ao mesmo período da safra anterior. Neste total estão incluídos R$17,7 bilhões provenientes das contratações com a fonte Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) para desconto em Créditos do Produtor Rural (CPRs) e em operações com a Agroindústria. As informações são do Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021.
 
“Esse desempenho confirma o bom momento da agricultura brasileira e a credibilidade alcançada pelo setor agrícola e pelos produtores rurais. Há indicativos de que a próxima safra pode ser ainda mais exitosa”, diz o diretor de Crédito e Informação, Wilson Vaz de Araújo.
 
Segundo a Secretaria de Política Agrícola (SPA), os valores programados para o crédito rural, de R$236,3 bilhões, devem ser superados. Afinal, os saldos dos programas de investimento e de outras finalidades ainda não contratados devem ter sua contratação efetivada assim que a Secretaria do Tesouro Nacional autorizar a reabertura das linhas. A medida deve acontecer após a sanção do PLN nº 4. Além disso, de acordo com a SPA, outras operações devem ser contratadas no mês de junho com recursos livres ou controlados, mas sem equalização.
 

Sobre as contratações

 
Quando observadas as finalidades do contrato do crédito rural, é possível observar que todas tiveram uma elevação no valor das contratações em relação a igual período da safra 2019/2020.
 
Os investimentos foram os mais significativos, com R$ 65,9 bilhões contratados, representando um aumento de 47%. Isso pode ser explicado pela necessidade do trabalhador do campo de garantir um ambiente estruturado que permita melhor dinâmica de produção. Nesse caso, os alvos dos investimentos podem variar de infraestrutura e maquinário até a compra de implementos agrícolas.
 
É claro que o agricultor precisa estar atento ao tipo de investimento que precisa fazer. Para isso, deve-se levar em conta o planejamento e o orçamento. É possível investir em tratores Valtra, por exemplo, ou no pagamento de dívidas. Porém, o trabalhador do campo precisa sempre ter atenção ao tipo de contrato de crédito que deseja firmar.
 
O custeio, por exemplo, teve R$ 117,1 bilhões em contratações – um aumento de 21%; a industrialização, com R$ 11,4 bilhões, teve um acréscimo de 11%. Já a comercialização registrou R$ 21,8 bilhões – aumento de 5%.
 
Os financiamentos de custeio, na atual safra, atingiram R$ 23,8 bilhões (+5%) no Pronamp, R$ 16,1 bilhões ( 25%) no Pronaf e R$ 77,1 bilhões ( 26%) em relação aos demais produtores.
 
No que se refere à participação das fontes de recursos utilizadas nas contratações do crédito rural, as controladas representaram 57% e as não controladas, 43%.

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