Até que ponto os jogos de videogame podem afetar a saúde do jogador?

Sendo um jogador profissional ou amador, é necessário investir em cuidados com a saúde mental e física; confira cuidados

23/03/2021 15:49
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(foto: Freepik)

Desde que os videogames surgiram enquanto diversão caseira, há muitas décadas, uma série de lendas urbanas e mesmo fofocas surgiram a respeito dos efeitos que, até então, a nova tecnologia de interação com a tela teria na saúde tanto do usuário, quanto do equipamento.
 
Não é difícil encontrar quem tenha ouvido da avó a frase “desliga isso que estraga a televisão!”, ou então alguma história assombrosa de pessoas que tenham tido convulsões, crises e até mesmo morrido depois de maratonas de várias horas jogando sem parar.
 
O videogame enquanto ferramenta cultural teve, e continua a ter, um impacto considerável não apenas na cultura das últimas gerações, como também nas relações sociais como um todo. Exemplo disso é o conceito de gamificação, já visto em empresas, escolas e outros ambientes que, anteriormente, pouco ou nada tinham a ver com jogos.
 
Sabemos hoje que as coisas não são tão simples assim como a equação videogame + tempo = vício e saúde prejudicada. O impacto na saúde existe, de fato, como é possível perceber em um artigo publicado recentemente pelo time da Betway, empresa líder no mercado de apostas em eSports.
 
A empresa é uma das grandes aliadas dos esportes eletrônicos, patrocinando competições, equipes e permitindo apostas nos jogos. Por isso o conhecimento do ambiente da Betway e conexão com os atletas é digna de ser ouvida.

Novos hábitos culturais

 
O primeiro ponto a se considerar quando pensamos na saúde dos gamers é a diferença abissal que pode existir entre, digamos, um jogador casual, que liga seu console uma vez na semana para jogar por algumas horas, e o profissional que fez dessa sua profissão de tempo integral.
 
O que se vê mais às claras, porém, é o crescimento dos games enquanto esporte profissional – os eSports – e o interesse crescente de jogadores “comuns” por isso e por outros mercados de nichos que nasceram aí – Youtubers especializados, serviços de streaming, comunidades e mais.
 
E se os games são cada vez mais jogados e por cada vez mais gente, como isso impacta o bem-estar e a saúde de quem joga?

Equilíbrio

 
Ao mesmo tempo em que os jogos ganham popularidade em praticamente todas as camadas da sociedade, alguns players fizeram desta sua profissão de período integral, como já foi dito. Isso por si só implica em algumas considerações diferentes daquelas feitas sobre quem joga por hobby.
 
Como todo profissional, é bem provável que exista todo um preparo por trás da rotina de trabalho – no caso, de jogo. Isso significa, antes de mais nada, o investimento num equipamento de ponta, o que por si só já reduz possíveis danos à saúde física.
 
Uma cadeira gamer custa milhares de reais e não é à toa; é um equipamento anatômico feito para suportar um peso constante e pressão ininterrupta por horas. O mesmo vale para monitores com iluminação adaptável, teclados e mouses ergonômicos e muito mais.
 
Ao mesmo tempo entra a questão do condicionamento físico-mental dos atletas dos eSports – lembre-se que o assunto especificamente aqui são os profissionais.
 
Existe toda uma equipe que cuida dos times profissionais, e aí entram rotinas de treino, claro, mas também cuidados com a saúde do dia a dia, digamos: alimentação, exercícios físicos, qualidade de sono e diversos outros fatores. Ainda assim, sendo profissionais, existe sempre o risco do burnout, do estresse constante e outros problemas.
 
Com a estrutura cada vez mais de equipes e competições, esses problemas serão endereçados e os atletas eletrônicos serão cada vez mais próximos dos atletas de esportes tradicionais na questão do tratamento e preparação.

E o jogador ocasional?

 
Dificilmente um jogador comum, que está apenas se divertindo ou, quando muito, transmitindo suas partidas para alguns amigos e seguidores, terá os mesmos cuidados (e capacidade de investimento em equipamento) que os gamers profissionais– e aí reside um erro que pode se provar sério.
 
Equilíbrio é palavra-chave em ambos os casos. Saber dosar a diversão em excesso tanto quanto o trabalho em excesso é o que vai evitar problemas físicos (dores nas costas, tendinite, dores de cabeça, etc.) e mentais (burnout, estresse, irritabilidade, etc.) em ambos.
 
Para quem não liga um videogame para trabalhar (e sim para descansar após a jornada), um game pode ser mais uma forma de entretenimento e até de aprendizado. Seja por entrar em contato com outro tipo de cultura – assim como séries e filmes permitem - ou até aprender uma língua, já que os jogos são majoritariamente em inglês.

O excesso não é positivo em nada na vida e com os videogames o mesmo se aplica. Seja jogando com o objetivo de ser um profissional ou só para relaxar, a diversão é o objetivo inicial e nunca pode desaparecer da experiência.

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