A nova dinâmica de trabalho desafia nossa convicção tradicional de emprego. Em um mundo em constantes adaptações, geradas principalmente pelas novas tecnologias, muitas das coisas que operaram até aqui não operarão mais no futuro próximo, e isso é uma verdade também para o mercado de trabalho.
Hoje, não podemos pensar em um único emprego para a vida toda. O que percebo é que gradativamente os ciclos de trabalho nas empresas tornam-se mais curtos, justamente por conta dessas mudanças aceleradas e intensas das atividades profissionais. Vale evidenciar que os empregos sempre existirão, contudo serão transformados. O autodesenvolvimento contribuirá para essa transformação.
Esse conjunto de novos conhecimentos adquiridos define a evolução e a qualidade competitiva do profissional. Por exemplo, o psicólogo que analisa comportamentos inserido na área comercial será um forte e decisivo influenciador para os consumidores. Ainda, se essa nova função for fortalecida por uma especialização em mídias digitais, poderá, nos processos comerciais, criar estratégias contundentes de marketing focadas em gerar leads e vendas. O avanço de negócios na internet provoca novas performances para uma carreira.
O importante é conhecer, compreender e se antecipar frente às transformações para estar pronto para esse novo cenário.
Muito diferente do significado de empregabilidade, a trabalhabilidade envolve a ideia do quanto uma pessoa consegue desenvolver suas competências, trabalhar com elas e gerar renda. A recomendação é buscar alternativas de carreiras, manter-se atento ao mercado e atualizado para se sentir menos vulnerável. O profissional que investir em sua trabalhabilidade estará melhor preparado para lidar com as mudanças e terá como se adequar a possíveis reduções de empregos.
Mudança? Ainda somos tradicionalistas quando falamos de gerir nossas próprias carreiras. Avultar a nossa perspectiva geral em relação a outras e novas áreas é um complemento significativo para qualquer carreira, no entanto não suportada caso não haja foco. Novamente faço a ressalva, o emprego permanece como uma opção de carreira, mas não deve ser uma estratégia isolada.
Toda movimentação é válida, desde que se tenha um objetivo claro dentro do projeto profissional e que esse encaixe seja confortável.
Norberto Chadad
Economista pela FGV, master in business administration pela Los Angeles University, CEO da Thomas Case & Associados e Fit RH Consulting
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