Une pessoas e oportunidades

Voltada para contatos profissionais, a rede social LinkedIn é referência em networking e em conexões para o mercado de trabalho. Saiba como usá-la de forma inteligente

por Lilian Monteiro 18/04/2018 16:23
Vivian Koblinsky/Divulgação
Vivian Koblinsky/Divulgação (foto: Vivian Koblinsky/Divulgação )
Como usar o LinkedIn de forma inteligente? Em entrevista ao Admite-se, Fernanda Brunsizian, gerente de comunicação corporativa América Latina e Iberia da rede social, com foco nos profissionais e no mercado de trabalho, aponta o caminho que todos deveriam seguir para usufruírem da ferramenta da melhor maneira e alcançar os resultados esperados. Destaca o papel da plataforma e como ela pode se tornar uma aliada nesse universo. Sempre pensando em inovação, a última novidade do negócio é o “Aconselhamento Profissional”, uma conversa que pode transformar a sua carreira.

Quais os principais passos para quem entra na plataforma usufruir de todas as ferramentas disponibilizadas pelo LinkedIn?
O mais importante para uma boa experiência no LinkedIn é ter um perfil completo, com todos os campos preenchidos. O LinkedIn é uma plataforma tecnológica que une pessoas e oportunidades por meio de palavras-chave. Quanto mais completo o perfil, mais relevantes serão as oportunidades de trabalho, de relacionamento, de conteúdo ou de contato com empresas. Um perfil muito genérico ou incompleto não permite que o sistema entenda o que o usuário está buscando.

Os brasileiros sabem usar a rede de maneira correta? Quais os principais erros?
De maneira geral sim, somos mais de 32 milhões de brasileiros usando a rede, o que faz do Brasil o quarto país em número de usuários. Não costumamos chamar de “erros”, mas sim de coisas que diminuem a eficácia da rede. Por exemplo, conectar-se com pessoas sem referência nenhuma, não colocar foto, voltar apenas quando está procurando emprego, nunca interagir com a sua rede ou com empresas e deixar o perfil incompleto, como mencionei anteriormente.

Percebo que muitos estão na rede ainda confundem informações pessoais com profissionais. Principalmente na hora de escolher a foto.
O contexto é sempre o primeiro filtro das redes sociais. O LinkedIn é uma rede profissional, portanto conteúdos relacionados a trabalho (fotos, artigos, apresentações) têm naturalmente mais engajamento. Informações muito pessoais tendem a ter menos relevância. Não quero dizer que o toque pessoal não seja importante. Cada vez mais queremos ouvir histórias de pessoas reais, que tentaram alternativas, que acertaram e erraram, pessoas com quem possamos nos identificar. O difícil é encontrar o limite, pois é algo subjetivo que varia muito.

Com a crise no mercado nos últimos anos, a rede ganhou mais adeptos no Brasil?
O LinkedIn segue a mesma proporção de crescimento há alguns anos de, aproximadamente, 100 mil novos usuários por mês. A maioria das pessoas no LinkedIn não está ativamente procurando emprego, mas mantendo relacionamento com os seus contatos, consumindo conteúdo, interagindo com marcas. O que muda em um momento de economia frágil é que os usuários passam a cuidar de seus perfis com mais cuidado e isso é ótimo para sua própria experiência com a ferramenta.

Como fazer o networking sem ser invasivo? Quais as regras de etiqueta, principalmente, para quem não se conhece e deseja uma conexão?
Networking significa relacionamento e, como todo relacionamento, precisa de constância, senão termina. No LinkedIn não é diferente. Temos que manter contato com as pessoas, ver o que elas estão fazendo e publicando, lembrar de uma informação que pode ajudá-las, apresentar um contato a outro e encontrar as pessoas fisicamente de tempos em tempos. O mundo virtual nos oferece escala e alcance, mas o encontro presencial segue muito importante. Para aumentar a nossa rede de contatos, um dos caminhos mais eficazes é pedir a apresentação para alguém em comum. Quando vemos o perfil de alguém, o LinkedIn nos mostra pessoas em comum e este costuma ser a melhor forma de aproximação. Este mês lançamos o “Aconselhamento Profissional”, uma ferramenta para encontrar o seu mentor. Os usuários respondem algumas perguntas e o LinkedIn indica profissionais que poderiam ajudá-los com aquele tema. É também ótima forma de conhecer pessoas novas.

Fundada em 5 de maio de 2003, quase 15 anos, com o mercado encarando uma crise mundial no universo do trabalho, qual tem sido o papel do LinkedIn nesse cenário?
As relações de trabalho mudaram muito, assim como as habilidades necessárias para cada função. Hoje, existem profissões nem imaginadas há 15 anos e outras que já não existem mais. Conceitos como “sucesso” também são completamente diferentes no mundo atual. O LinkedIn tem exercido um importante papel nessa transformação e contribui enormemente para a democratização das informações e do contato entre empresa-candidato. Antes, as empresas tinham que publicar suas vagas e literalmente “torcer” para que um bom candidato aparecesse. Hoje, além de receber os perfis dos interessados, elas podem proativamente encontrá-los na rede. Da mesma forma, os candidatos têm acesso a mais de 20 milhões de empresas presentes no LinkedIn e mais de 14 milhões de vagas.

De tempos em tempos, vocês inovam... As alterações são demandas dos clientes?
As mudanças vêm de várias direções: usuários, empresas, movimentos na sociedade. Também existem ferramentas que tiramos e voltamos por pedido de usuários. Por exemplo, português foi o segundo idioma a ter conteúdo no LinkedIn (plataforma de publicação), apenas depois do inglês. E a sede brasileira por escrever e compartilhar já está nos levando a ampliar a equipe editorial.

Para ter mais oportunidade de emprego, obrigatoriamente o perfil deve ser público?
Se o perfil for liberado apenas para a sua rede, as oportunidades ficam restritas ao conhecimento da rede. Perfis públicos ficam acessíveis a todos os recrutadores.

Qual o peso da escolha dos seguidores? A indicação é aceitar todos que pedirem para fazer parte da sua rede? Qual o melhor critério de seleção?
Qualidade vale muito mais do que quantidade. O que é um contato de qualidade? Aquele que você conhece pessoalmente, estudou ou trabalhou junto em alguma ocasião, pertence à mesma área profissional, compartilha dos mesmos interesses ou foi apresentado por alguém da sua rede. Para pessoas que aparecem sem nada em comum e sem explicação (é possível personalizar o convite), o LinkedIn não recomenda a conexão.

Tem um prazo obrigatório para movimentar a rede? É preciso acessar todo dia? Toda semana?
Idealmente todos os dias e nunca mais de um mês sem acessá-la.

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