Um mês após o acidente trágico com o ônibus da dupla sertaneja Conrado e Aleksandro, a perícia que investigava a causa do ocorrido apontou para explosão de um dos pneus do veículo. O Instituto de Criminalística (IC) divulgou o laudo sobre os danos que "sugerem a ocorrência de impacto do pneu contra algum tipo de obstáculo na via, tais como buraco, pedra, objeto grande".
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No dia 7 de maio, o motorista acabou perdendo o controle do ônibus na Rodovia Régis Bittencourt, na altura de Miracatu, no interior de São Paulo. Ao todo, seis integrantes da banda morreram, incluindo um dos integrantes da dupla, o cantor Aleksandro. O laudo foi assinado pelo perito Carlos Eduardo Penazzi Filho e no documento com fotos do pneu, é possível ver arames dobrados, que acabaram acarretando na explosão.
"Tal impacto teria causado a quebra de arames de aço e, com isso, o pneu perdido a resistência mecânica da carcaça (que é dada por esses arames), acabando por explodir devido à pressão interna, e finalmente tendo a banda de rodagem arrancada durante a movimentação do veículo até seu ponto de imobilização", afirma o laudo.
No entanto, ainda não é possível determinar se a explosão aconteceu no momento do acidente ou antes do ônibus tombar. A possível causa apontada ainda coincide com o depoimento do motorista que dirigia o veículo no dia e que revelou que um dos pneus acabou estourando, provocando o acidente.
As vítimas da tragédia foram Wisley Aliston Roberto Novais (músico), Marzio Allan Anibal (músico), Giovani Gabriel Lopes dos Santos (roadie/técnico), Roger Aleixo Calcagnoto (músico) e Gabriel Fukuda (técnico de luz), além de Aleksandro.
Desde então, Conrado e um outro músico da banda, Júlio César Bugoli Lopes, continuam internados na UTI do Hospital de Registro, no interior de São Paulo. Na última sexta-feira (03), o vocalista que levava um dos nomes da dupla, passou por uma cirurgia de enxerto nos ferimentos das costas.