Músico formado no Clube do Choro de Brasília, contemporâneo de Hamilton de Holanda, Fernando César, André Vasconcellos e Daniel Santiago, o gaitista Gabriel Grossi enveredou pela seara do jazz influenciado, de certo modo, por duas de suas principais referências: o carioca Maurício Einhorn e o belga Toots Thielmans.
Sem se impor limites, atualmente ele transita com familiaridade por gêneros musicais diversos, enquanto intérprete e compositor.
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O ponto de partida do novo álbum é o single “Nosso amor vadio”, samba autoral que acaba de chegar às plataformas digitais. Para dividir a interpretação, Gabriel convidou a cantora Zélia Duncan – outra artista que iniciou a carreira em Brasília.
Em “Plural”, o gaitista mostra várias facetas de sua arte, pois também é compositor, letrista, arranjador e produtor.
O lançamento do disco está previsto para abril de 2022.
O lançamento do disco está previsto para abril de 2022.
“Ter a Zélia Duncan no primeiro single, como parceira e intérprete de 'Nosso amor vadio', faz todo sentido com a ideia que envolve o álbum. Ela é uma pessoa iluminada, que tem como características mais fortes sua entrega como artista, a paixão e a pluralidade”, destaca Grossi.
Na gravação de “Nosso amor vadio”, os dois foram acompanhados por Marcelinho Moreira e Rodrigo de Jesus (percussão), Rafael dos Anjos (violão de seis cordas) e Rogério Caetano (violão de sete cordas), com quem o gaitista dividiu a produção do trabalho.
O samba ganhou videoclipe gravado na Cascata do Chuvisqueiro de Cachoeira, em Riozinho, na Região Metropolitana de Porto Alegre, com coreografia protagonizada por Aline Centeno e Cleusa Centeno. “O clipe versa sobre o efeito do tempo em um amor que se recusa a esvanecer”, explica o autor.
Gabriel Grossi coleciona parcerias em gravações e shows com gigantes da MPB – Chico Buarque, Milton Nascimento, Ivan Lins, Djavan, Beth Carvalho, João Donato, Paulo Moura e Dominguinhos – e da música internacional, entre eles o americano Wynton Marsalis e o inglês Jacob Collier.
Em “Plural”, ele terá como convidados Hermeto Pascoal, Lenine, Ed Motta, Leila Pinheiro, Yamandu Costa, Omar Sosa e Seamus Blake. Para Gabriel Grossi, o novo álbum é um exercício de afirmação da sua carreira, que contabiliza mais de 20 anos.
TRÊS PERGUNTAS PARA
Gabriel Grossi
Músico
Este ano, você lançou o álbum “Re disc cover”, com releituras de canções de gigantes do pop rock internacional.
Agora, chega às plataformas o primeiro single de um novo projeto, “Plural”, o samba “Nosso amor vadio”, de sua autoria. Como você busca a diversidade musical?
Agora, chega às plataformas o primeiro single de um novo projeto, “Plural”, o samba “Nosso amor vadio”, de sua autoria. Como você busca a diversidade musical?
“Nosso amor vadio” é o primeiro single que antecede “Plural”, álbum que vou lançar em abril do ano que vem. É uma parceria com a Zélia Duncan. Sou um artista eclético por natureza. Adoro passear por vários estilos, acredito que existe música boa e ruim em todas as vertentes. Minha busca é por qualidade, sempre. O samba é um ritmo completamente natural pra mim. O Rio é a terra do samba, me sinto em casa nesse ambiente.
Por que convidou Zélia Duncan, uma artista pop, para interpretar o seu samba?
Em 2004, gravamos “Eu me transformo em outras”, projeto para o qual Zélia me convidou ao lado de Hamilton de Holanda, Marco Pereira, Márcio Bahia e Bia Paes Leme.
Nesse álbum, há vários sambas. A Zélia, assim como eu, transita em várias vertentes e domina muito o universo do samba. Cada convidado do novo álbum foi chamado, na minha concepção, para o melhor e mais confortável ambiente de atuação.
Nesse álbum, há vários sambas. A Zélia, assim como eu, transita em várias vertentes e domina muito o universo do samba. Cada convidado do novo álbum foi chamado, na minha concepção, para o melhor e mais confortável ambiente de atuação.
Seu ecletismo tem a ver com o fato de o próximo trabalho se chamar “Plural”?
“Plural” é isso: um disco com vários caminhos, vertentes. Trata-se do resumo de muito do que sou hoje.