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UAI, INDICA ESSA

5 grupos femininos de k-pop essenciais para entender a música coreana

pop coreano se tornou uma grande e influente tendência musical. O grupo BTS alcançou o primeiro lugar na parada Hot 100 da Billboard com a música “Dynamite”. Mas não são só os garotos que estão representando no Ocidente o k-pop – sigla criada em referência ao nome em inglês Korean pop. O girlgroup Blackpink está dominando as paradas musicais com a música “Ice Cream”, em parceria com Selena Gomez. As integrantes vão lançam nesta sexta-feira (2) a música “Lovesick Girls”, que faz parte da divulgação do novo disco, “The album”.


 

 
O grupo já cantou no festival Coachella, na Califórnia, e tem Pabllo VittarAriana Grande e Billie Eilish como fãs. Neste quarto episódio do Uai, Indica Essa, apresentamos outros cinco grupos femininos de k-pop que também se destacam mundialmente para você conhecer um pouco mais sobre esse fenômeno musical.
 

 
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Mamamoo

Se você gosta de músicas e artistas com muita personalidade, Mamamoo é o grupo perfeito para você! O quarteto formado pela RBW Entertainment vem conquistando fãs com vocais poderosos desde 2014, quando elas fizeram a estreia. Apesar de ser um grupo, cada integrante tem a suas características individuais destacadas em suas roupas, jeitos de falar, performances e músicas solos. Essa autenticidade estratégica ajuda a criar o conceito principal do grupo: se ame!
 
Na música “Hip”, o Mamamoo critica os padrões de beleza coreanos e o que se espera de uma mulher na sociedade. Já em “Yes, I am”, elas cantam sobre abraçar o que te faz único. Já nos projetos solos, as integrantes conseguem mostrar o que elas tem de melhor. Solar, uma das integrantes do grupo, abriu um canal no YouTube chamado Solasido, no qual posta covers de músicas conhecidas, versões acústicas das canções do Mamamoo, vlogs e danças. Ela também promoveu a música “Spill it out” nos programas musicais da Coreia.
 
A cantora Moonbyul também teve promoções de músicas solos. Todo o conceito da canção “Eclipse” foi criado conforme os gostos da rapper. Outra integrante, Hwasa já tem dois grandes hits solos na Coreia: “Twit” e “María”. Apesar de ser a única que não promoveu as suas músicas solos nos programas musicais, Wheein lançou algumas canções sozinha e postou covers no canal oficial do Mamamoo.


Mas não é só nas músicas que o grupo fala sobre autoaceitação. Hwasa foi muito criticada por não estar dentro dos padrões de beleza e era, constantemente, chamada de feia e gorda nas redes sociais. Assim que fez sua estreia no k-pop, ela vem se tornando um ícone de beleza e de autoconfiança, inspirando várias pessoas ao redor do mundo. Em uma entrevista ela afirmou: “Se eu não me encaixo no padrão de beleza, eu vou criar o meu próprio padrão”.
 
 


Loona

Se você conhece um pouco da cena do k-pop, com certeza já escutou “Stan talent, stan Loona”, frase criada pelos fãs do Loona, apelidados de Orbits, para divulgar o grupo. O Loona nasceu de uma forma diferente da maioria dos grupos coreanos de pop, pois cada integrante veio de uma reconhecida carreira solo antes de estrearem em conjunto. Depois do sucesso coletivo, o grupo criou três subunits, divisão interna na qual algumas integrantes se unem em um subgrupo. O Loona usa todos os seus clipes e músicas um enredo em comum. Nada é por acaso e tudo está conectado em uma realidade chamada Loonaverse.
 
Quem gosta de um conceito mais inocente e fofo, a subunit Loona %u2153 é perfeita. Essa divisão do grupo se passava em um cenário chamado Terra dentro Loonaverso. Já quem gosta de um conceito mais girlcrush, com um pegada mais sexy, vai amar o Odd Eye Circle. Os clipes se passam em uma divisão de Terra e Éden.


Já a terceira e última unidade é a YYXY, que conta com quatro integrantes. Toda a história dessa subunit é num local chamado Éden. As integrantes têm até os seus “frutos proibidos”. E para os fãs de músicas mais eletrônicas, uma surpresa: a música Love4Ever é uma parceria com a cantora Grimes.
 
Na formação completa, o Loona já lançou três EPs e tem um quarto chegando. Infelizmente, desde o último comeback, o “So what”, a integrante HaSeul está afastada para se tratar de ansiedade. Aliás, essa música começa com uma mensagem intrigante: “Não aceite o destino da lua”.

No total, são mais de 20 composições com clipes para você analisar e criar teorias sobre Loonaverso. O grupo é da empresa BBC Entertainment e está na ativa desde 2016, com o debut da primeira integrante, Heejin.


 
 


G- (Idle)

Muitas vezes, os artistas de k-pop não escrevem as próprias músicas. Porém, o G-( IDLE), é diferente. O grupo da empresa CUBE Entertainment é composto por três sul-coreanas, duas tailandesas e uma chinesa. Toda essa mistura de cultura está presente no estilo do grupo.
 
Desde que surgiu, em março de 2018, ele trabalha diretamente com a produção e a criação das músicas, principalmente Soyeon, líder do grupo. No penúltimo lançamento, o “Oh my God”, as integrantes cantaram sobre uma relação amorosa entre duas mulheres, música que ganhou reconhecimento por apoio à comunidade LGBTQI%2b.
 
Aliás, o Idle lançou versões em inglês para todos os seus principais singles. A minha indicação é o hino de empoderamento “Lion” e a música de superação pós-término “Hann”. Mas para quem já está entrando na vibe de verão, “Dumdi dumdi” é uma ótima sugestão para curtir o sol.


 
 


Red Velvet

Assim como o Blackpink, o Red Velvet também trabalha com duas temáticas internas para marcar suas produções. O red, mais alegre e divertido, e o velvet, mais sexy. O grupo é da SM Entertainment e conta com cinco integrantes: Irene, Seulgi, Wendy, Joy e Yeri. Nos últimos seis anos, elas entregaram de tudo: de baladas de fim de relacionamento, como “One of these nights”, a músicas mais provocantes, como “Bad boy”.
 
Desde o primeiro lançamento, as canções traziam um som diferente do convencional dentro do k-pop. Esse conceito foi levado ao extremo em “RBB”, que tem gritos da integrante Irene no meio da canção. O som experimental é uma marca registrada do Red Velvet na indústria musical coreana. Mas o grupo se destaca também com canções de verão, como “Red flavor” e “Power up!”.
 
Em 2019, o grupo deu início a um projeto chamado The Reve Festival, três EPs que se unem para formar um álbum. O primeiro, The Reve Festival - Day 1, lançou a música “Zimzalabim”, que tem o som experimental com um conceito de verão. No segundo, as elas chegaram com a música “Umpah umpah”, que fechou o verão em grande estilo. Apesar dessa canção parecer alegre, os fãs do grupo notaram um significado sombrio na letra.


O The Reve Festival Finale foi lançado em janeiro de 2020 e trouxe “Psycho” como destaque. Infelizmente, a integrante Wendy sofreu um acidente durante as promoções da música e teve de se ausentar. Para quem gosta de um conceito mais sexy e escuro, a música “Monster” é uma indicação. A canção faz parte de uma subunit formada por Irene e Seulgi. O Red Velvet tem uma discografia que se destaca por sua ótima produção. Confira o álbum Perfect Velvet.
 

 

ITZY

E o que dizer sobre esse grupo que mal chegou e já está roubando a cena? O ITZY estreou em 2019 com um conceito bem ousado: “eu sou eu e não vou mudar”. Todas as canções do grupo falam sobre amar quem você é e não ter medo de se aceitar. Essa ideia é mostrada até mesmo nas batidas das músicas, que são uma mistura de outras batidas. Quase uma “Bohemian rhapsody” do k-pop.

Na música “Dalla dalla” elas falam sobre não querer crescer e só se encaixar no fofo ou sexy. Esse conceito se estende por todas as músicas do grupo. Outra indicação é “Wannabe”, que conta com uma dança muito divertida de fazer. E eu devo dizer que o grupo, mesmo sendo novato, esbanja autoconfiança, carisma e tem muita presença de palco.



Mas elas chamaram atenção para um lado menos colorido do k-pop recentemente. Em carta aberta aos fãs, as integrantes expressaram suas inseguranças. Yeji e a Yuna falaram sobre a pressão de ter de ser sempre perfeita. A cantora Lia contou que não se sente boa o suficiente para performar com as outras integrantes e Chaeryeon afirmou se sentir envergonhada da sua aparência por ser chamada de feia nas redes sociais.

Mas o comentário que mais repercutiu foi o de Ryujin. A integrante criticou abertamente o machismo dentro da indústria do k-pop ao firmar que não precisa ser comparada a um grupo masculino para ser considerada boa e ter o seu trabalho valorizado. Essa carta do ITZY foi um marco dentro do k-pop e inspirou outras artistas.

* Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Alves