A Cor do Som lança 'Álbum Rosa', seu novo disco instrumental

Lançamento reúne oito faixas, sendo quatro delas de LP gravado do Festival de Montreux

felipe oliveira / Divulgação
(foto: felipe oliveira / Divulgação)
Grupo surgido em meados da década de 1970, que tinha por base músicos da banda de Moraes Moreira, no início da carreira solo do cantor, compositor e violonista (após este deixar o Novos Baianos), A Cor do Som mantém-se em atividade — com alguns hiatos —, fazendo shows e lançando discos.

O mais novo projeto de Armandinho Macedo (guitarra), Dadi Carvalho (baixo), Mú Carvalho (piano e teclados), Gustavo Schroeter (bateria) e Ary Dias (percussão) é o Álbum Rosa, lançado recentemente nas plataformas digitais.

O disco, totalmente instrumental, reúne oito faixas gravadas em estúdio. Quatro delas fazem parte do reverenciado LP com o registro ao vivo, da apresentação do quinteto no Festival de Montreux (Suíça), em 1978. Duas delas, Chegando da terra (Armandinho) e Dança do saci (Mu), são inéditas em estúdio.

As outras duas são Arpoador (composição coletiva do grupo) e Frutificar (Armandinho e Luiz Brasil). Complementam o repertório Pororocas, também de Armandinho e Luiz Brasil; Espírito infantil e Saudação à paz (Mu) e Ticaricuriquetô (Armandinho).

Ao Correio Braziliense, o baixista Dadi diz: “Os fãs d’A Cor do Som sempre comentaram sobre o nosso disco gravado no Festival de Montreux e queriam que fizéssemos um show com aquelas músicas. Então, o Mu teve a ideia de fazer esse álbum instrumental, que traz parte daquele repertório, com o acréscimo de clássicos nossos, como Arpoador e Frutificar. Em outubro do ano passado, nos reunimos no estúdio do Mu, na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro), e, num fim de semana, gravamos quase tudo. Depois, gravamos os solos. Em um mês, estava pronto. A capa é do designer Batman Zavareze, a partir de pinturas que o Mu e eu fizemos”. O Álbum Rosa é lançamento do selo Boogie Woogie.

Partituras

Tecladista e um dos fundadores d’A Cor do Som, Mu Carvalho lançou em julho, pela editora Gryphus, Piano Brasileiro, livro de partituras de 25 composições de sua autoria — choros, valsas, baiões e canções brasileiras.

O instrumentista que tem como referência Ernesto Nazareth, Fréderic Chopin e Wolfgang Amadeus Mozart, explica que o material é voltado para pianistas profissionais e amadores que buscam aprimorar a maneira de tocar, transcritas pelo músico. “Cada composição traz um QR Code impresso na página. Para ouvir a música basta clicar.”

Com cinco discos solos lançados, Mu já compôs para trilhas sonoras de filmes e novelas; e acompanhou em estúdio artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil, Jorge Benjor e Erasmo Carlos.

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